Três países da Aliança - Holanda, Grécia e República Checa - juntaram suas vozes, domingo e nesta segunda, às da Itália para pedir uma pausa na campanha aérea que dê uma maior chance aos esforços diplomáticos.

Uma pausa permitiria ``abrir o caminho para a aprovaçao de uma resoluçao pelo Conselho de Segurança' da ONU, declarou Jozias Van Aartsen, chefe da diplomacia holandesa.

Membro da Aliança desde março passado, também a República Checa se pronunciou a favor de uma ``rápida suspensao' dos ataques, em uma declaraçao condjunta com a Grécia, que continua tentando conciliar fato de pertencer à Otan com sua amizade com Belgrado.

Um discurso radicalmente contrário ao do Reio Unido, que continua lutando sem cessar para que nao se elimine a opçao terrestre e para que a Otan se prepare para entrar em Kosovo e enfrentar as tropas sérvias.

E o presidente norte-americano Bill Clinton deu um passo em direçao a Londres. ``Nao descarto outras opçoes militares', escreveu domingo no New York Times, ao mesmo tempo em que reiterava sua confiança na estratégia exclusivamente aérea que está sendo aplicada atualmente.

Esta tomada de posiçao de cClinton surpreendeu os diplomatas europeus na Otan, que tinham acreditado perceber uma vacilaçao na determinaçao norte-americana e, em qualquer caso, uma vontade de encontrar uma soluçao política rápida para a crise.

Mas os aliados se encontram em confronto com uma situaçao de emergência. Seu objetivo, politicamente muito sensível e muito simbólico, de devolver a suas casas os 950 mil refugiados albano-kosovares, deve ser atingido muito rapidamente, se possível antes do inverno.

A Otan reconheceu que seus bombardeios nao provocaram até agora nenhuma retirada das forças iugoslavas de Kosovo. Ao contrário, o exército envia reforços para a província, segundo a Aliança.