O ladrão do Banco Central de Fortaleza e traficante de drogas Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, 26 anos, morto por seqüestradores poucas horas depois de eles terem recebido o resgate de R$ 2 milhões, foi torturado antes de morrer. A polícia acredita que os seqüestradores tentaram, por meio do espancamento, fazer com que Fernandinho falasse onde estava sua parte no furto de R$ 164,7 milhões do banco.

O corpo de Fê foi encontrado na quinta-feira pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), no IML (Instituto Médico-Legal) de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. Fernandinho financiou, com R$ 300 mil, a construção do túnel de 78 metros usado no furto do BC. O investimento garantiu a Fê R$ 25 milhões, sua parte no total furtado.

Fê foi seqüestrado por um grupo de homens no último dia 7, em frente de uma boate na rua dos Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Ele dirigia uma picape blindada e, quando foi entregar as chaves para o manobrista da boate, dois homens armados, que se identificaram como policiais federais, anunciaram a suposta prisão dele. Os amigos tentaram seguir o carro em que Fernandinho foi colocado. Na manhã do dia 8, a família foi informada de que se tratava de um seqüestro e pagou o resgate de R$ 2,170 milhões.