O futuro da Fórmula 1 está em risco. O adeus de Michael Schumacher, marcado para este domingo no GP Brasil, preocupa organizadores, torcedores e até os pilotos da maior categoria automobilística do planeta. O brasileiro Felipe Massa, companheiro do alemão na Ferrari, terá mais espaço sem a presença do heptacampeão, mas alerta para estiagem na próxima temporada. “A saída do Michael será negativa para a F-1. Perder um piloto como ele é ruim para o esporte. O interesse do público e da imprensa vai diminuir, pelo menos até que apareça um substituto”, afirmou.

Massa participou ontem de uma entrevista coletiva promovida pela patrocinadora e fornecedora de pneus, Bridgestone, em São Paulo. O piloto sabe que terá mais espaço na Ferrari em 2007, quando o finlandês Kimi Raikkonen (McLaren) vai ocupar a vaga deixada pelo recordista – e lendário – Michael Schumacher. Com isso, a corrida pelo título estará aberta.

Perto do bicampeonato, o espanhol Fernando Alonso (Renault) já definiu sua ida para a McLaren. E o futuro da F-1 será um incógnita. “A princípio, outros pilotos devem ocupar esse espaço do Michael. Foi assim com outros grandes ídolos, como Jackie Stewart, Niki Lauda, Alan Prost e Ayrton Senna. Depois que eles pararam, surgiu esse mesmo medo. No final, surgiram outros grandes campeões. É isso que vai acontecer”, disse Massa, ao completar. “Mas essa transição levará um tempo. Não sei quanto.”

Futuro do alemão – Michael Schumacher ainda não revelou o que pretende fazer quando cruzar a linha de chegada do autódromo de Interlagos. Maior recordista da F-1 (91 vitórias, 69 pole positions e 155 pódios), o alemão pretende descansar e curtir a família.

Ontem, o brasileiro Felipe Massa deixou escapar que o futuro do heptacampeão deve ser dentro da Ferrari. “Sei que ele deve ficar na equipe, de um maneira ou de outra, ajudando. Não sei a função que terá. Ele não deve ir para todas as corridas. Mas pode colaborar muito nos bastidores”, revelou.

Com 15 anos de experiência só na F-1, Schumacher já teve convites para disputar outras categorias do automobilismo, mas deve permanecer como dirigente dentro da Ferrari. “Nem ele decidiu o que vai fazer! A única certeza é que ele vai continuar jogando futebol com a gente de centroavante, posição que ele não deixa de lado”, brincou.