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Brasil passa para 25º exportador na OMC
05/04/2004 | 23:22
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O desempenho das exportações em 2003 fez com que o Brasil subisse no ranking dos maiores exportadores do mundo elaborado pela OMC (Organização Mundial do Comércio). O crescimento das exportações, ajudado pela demanda chinesa por produtos básicos, permitiu que a participação do Brasil nas vendas mundiais atingisse 1%, depois de mais de uma década representando 0,9% das exportações internacionais. Esse aumento, porém, está permitindo que o Brasil apenas volte a ocupar o mesmo espaço que já possuía em 1980. No que se refere às importações, a fraca demanda no mercado nacional fez com que o Brasil despencasse da 27ªpara a 30ªposição no ranking da OMC.

Segundo a OMC, o Brasil terminou 2003 na 25ª posição entre os maiores exportadores do mundo em termos de valor, com 1% dos US$ 7,3 trilhões comercializados internacionalmente. Em 2002, o país ocupava a 26ª posição, com 0,9% do comércio mundial. Já em um cálculo do comércio mundial que coloque os países da UE (União Européia) como um bloco único, o Brasil seria o 16º maior exportador, com 1,3% dos intercâmbios mundiais.

Com US$ 73,1 bilhões em exportações no ano passado, o Brasil teve um dos sete maiores aumentos de vendas entre os principais exportadores do mundo. O crescimento nas vendas teve incremento de 21% entre 2002 e 2003 e, segundo OMC, essa tendência deverá ser mantida em 2004, diante da recuperação dos preços das commodities e da demanda chinesa por bens primários para alimentar seu crescimento. Os dados deste ano mostram que as exportações continuam crescendo a taxas acima da média mundial. Em janeiro, o crescimento das exportações foi de 20,7% e, em fevereiro, a taxa chegou a 14%. ‘‘O Brasil tem a oportunidade de ser um dos principais ganhadores do aumento do comércio mundial em 2004’’, afirmou um economista da OMC.

O país, porém, ainda ficará abaixo do aumento das exportações registrados na China, que em 2003 foi de 35%. Mesmo assim, o país mostra uma inversão da tendência registrada na segunda metade dos anos 80 e que perdurou durante a década seguinte. Em 1980, exportando US$ 20 bilhões, o Brasil representava 1% das vendas mundiais. Em 1990, com exportações de US$ 31 bilhões, a participação do país no cenário internacional já havia caído para 0,9%. Dez anos depois, o Brasil somava apenas US$ 48 bilhões em exportações.

Agricultura - Nem a participação do Brasil no comércio agrícola mundial conseguiu fazer com que o país obtivesse um maior espaço. Em 1980, o país representava 3,4% do comércio mundial de bens agrícolas e 4,2% das trocas de alimentos. Vinte anos mais tarde, o Brasil representava 2,9% do comércio agrícola e 3,2% do setor de alimentos. O fraco desempenho dos produtos nacionais no mercado internacional ainda fez com que o Brasil perdesse espaço entre as próprias economias latino-americanas. Em 1990, o país representava 21,4% das exportações da região. Em 1999, a participação era de apenas 16,2%. Enquanto isso, o México passava de 27% para 46% das exportações latino-americanas.




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