Quatro vereadores trocaram de partido em Santo André de olho nas eleições de 2002. Assim, o PSDB e o PFL deixaram de ter representatividade e o PTB ficou enfraquecido ao perder dois parlamentares. Mas o PL e o PGT ganharam força.

O primeiro a deixar a legenda pela qual foi eleito foi Fernando Gomes, que deixou o PFL rumo ao PL. O parlamentar Luiz Zacarias abandonou o PTB, no qual era filiado havia 21 anos, para também ingressar no PL. Junto com os vereadores, o empresário Raimundo Salles também migrou para o PL. Salles era o presidente do PSB até julho e no PL ocupa o mesmo cargo.

Após enfrentar atritos no PSDB, inclusive com um pedido de expulsão protocolado pela executiva municipal, o vereador Carlos Raposo deixou o ninho tucano e se filiou no final de setembro ao PV.

O último vereador a mudar de legenda foi Israel Santana, que deixou o PFL e migrou para o PGT na última semana.

Em São Bernardo, o PSDB conseguiu um saldo positivo nas filiações. Além do prefeito Maurício Soares, o partido tem agora a maior bancada na Câmara, composta por seis vereadores. A legenda conta agora com os vereadores Laurentino Hilário (ex-PPS) e Oswaldo Camargo (ex-PL), além dos secretários tucanos de Educação e Cultura, Admir Ferro, e de Governo, José Roberto de Melo, que foram eleitos vereadores e agora fazem parte da administração.

Em Diadema, três parlamentares se filiaram em outras legendas. O primeiro foi o deputado estadual José Augusto da Silva Ramos. Ele deixou o PPS para se filiar no PSDB. José Augusto foi para o ninho tucano. O vereador Orlando Anníbal, que era assediado pelo PPB de Paulo Maluf, decidiu se filiar na quinta-feira no PL. Antonio Bonfim de Melo, o Titio, que teve sérios problemas no PSDB – ele chegou a enfrentar até uma comissão de ética – também deixou o partido para ingressar no PL na sexta-feira.

Até agora, em Mauá, poucos políticos mudaram de legenda para conseguir espaço em um partido de menor expressão. Entre eles, estão os vereadores Silvar Silva Silveira, que deixou o PMDB para engrossar o quadro do PC do B, Alberto Betão Pereira Justino, que ficou um período sem partido após deixar o PPS e foi para o PSB, e Lourival Lolô Rodrigues Fargiani, o ex-tucano opositor ao governo petista de Oswaldo Dias, que foi parar em um partido de sustentação ao prefeito de Mauá, o PL.

Há, também, o ex-presidente da Câmara de Mauá, Chiquinho do Zaíra, que se transferiu para o PSB após longo período sem partido, e do ex-prefeito do município, Leonel Damo, que deixou o partido do presidente Fernando Henrique para se filiar ao PV. Tanto Damo quanto Chiquinho lutarão por uma vaga na Assembléia Legislativa.

Em Ribeirão Pires, o único vereador que afirmou trocar de partido para disputar a vaga de deputado estadual foi Manuel Justino. O parlamentar saiu do PFL e se filiou ao PV, onde fará dobradinha com o deputado federal Clóvis Volpi nas eleições de 2002. Em Rio Grande da Serra não houve “dança das cadeiras”.