Irônico como sempre, Delfim disse que, "como o próprio nome diz, a taxa de câmbio flutuante flutua. Isso ocorre em qualquer país avançado sem que a inflaçao cresça. A confiança de um país se consolida com regras econômicas claras". Para Delfim a desvalorizaçao do real nao causará inflaçao se houver controle de preços adequado.
Como exemplo, ele citou a Coréia do Sul, que desvalorizou sua moeda, que passou de 800 unidades por dólar para 1.450 unidades por cada norte-americana, e nao sofreu pressao inflacionária exagerada. "O PIB coreano caiu 6%, mas neste ano crescerá 4% e terá outros 4% de inflaçao. As reservas ficarao em torno de US$ 50 bilhoes. O Brasil pode seguir a mesma receita."
Logo, Delfim disse estar convicto de que o BC, que tem voz forte no Copom (Comitê de Política Monetária), deve atuar de forma clara e precisa, promovendo o recuo das taxas de juros. "O governo deve parar com essa mania de elevar os juros a cada vez que morre um rinoceronte ou que se aumenta o buraco na camada de ozônio", ironizou.
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