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BC deve ficar longe do câmbio, afirma Delfim
Da Redaçao
06/02/1999 | 18:11
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"Se o Banco Central segurar, atrapalha; por isso, é bem melhor que fique longe", dizia o ex-ministro Fazenda e deputado federal pelo PPB Antônio Delfim Netto, ao sugerir qual deve ser a prática de Armínio Fraga em relaçao ao câmbio de agora em diante. "Nao entramos em um regime de câmbio flutuante por virtude, mas por pura necessidade".  

Irônico como sempre, Delfim disse que, "como o próprio nome diz, a taxa de câmbio flutuante flutua. Isso ocorre em qualquer país avançado sem que a inflaçao cresça. A confiança de um país se consolida com regras econômicas claras".  Para Delfim a desvalorizaçao do real nao causará inflaçao se houver controle de preços adequado.

Como exemplo, ele citou a Coréia do Sul, que desvalorizou sua moeda, que passou de 800 unidades por dólar para 1.450 unidades por cada norte-americana, e nao sofreu pressao inflacionária exagerada. "O PIB coreano caiu 6%, mas neste ano crescerá 4% e terá outros 4% de inflaçao. As reservas ficarao em torno de US$ 50 bilhoes. O Brasil pode seguir a mesma receita."  

Logo, Delfim disse estar convicto de que o BC, que tem voz forte no Copom (Comitê de Política Monetária), deve atuar de forma clara e precisa, promovendo o recuo das taxas de juros. "O governo deve parar com essa mania de elevar os juros a cada vez que morre um rinoceronte ou que se aumenta o buraco na camada de ozônio", ironizou.




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