A entrega dos 13 milhões de objetos que aguardavam destino nos 17 centros de distribuição da região vai levar tempo para desovar. Isso porque os Correios preveem ser necessários sete dias para eliminar o estoque, cuja média de atrasos ao fim de quase um mês de paralisações chegou a seis dias.

O número é menor do que o previsto em território nacional, que pode chegar a dez dias. Todos os funcionários retornaram ontem aos serviços na Região Metropolitana, afirmou a companhia.

A partir de amanhã, haverá o primeiro fim de semana de compensação definido pela Justiça. Esquema de trabalho que segue até maio. Trabalhadores conquistaram, por meio de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho, R$ 80 em ganhos reais, retroativos a outubro, além da reposição da inflação, a ser paga desde agosto.

Depois do período de paralisações, a ECT calcula que o rombo financeiro atingiu R$ 20 milhões por dia de braços cruzados. Prejuízo que somou R$ 560 milhões do início do movimento de reivindicações até terça-feira. No País, são 184 milhões de objetos paralisados nos centros de triagem.

O consumidor deve evitar os centros de triagem da região, locais de onde partiam as encomendas, rumo às sete cidades. Dois ficam em Santo André; na Travessa Santo Amaro, bairro Jardim, e na Avenida dos Estados. O terceiro está localizado em São Bernardo, na Avenida Faria Lima, no centro.

Se a entrega for urgente, como medicamentos, por exemplo, o consumidor tem o número 3003-0100 como canal de atendimento. Nele, é possível descobrir o paradeiro desse tipo de objeto porque contem rastreadores; a partir desse número, o cliente será orientado para qual unidade deve buscar o objeto. A estatal informou ainda que os serviços com hora marcada - Sedex 10, Hoje e Disque Coleta, que haviam sido suspensos logo no início da greve - serão retomados até o dia 24.