Cinco presos morreram ontem vítimas de um incêndio no pavilhão três do Presídio do Roger, em João Pessoa, provocado por dois detentos que se desentenderam e iniciaram tumulto queimando colchões. Trinta e nove presos ficaram feridos e foram socorridos para o Hospital de Emergência e Trauma.O incêndio começou por volta das 9h30. Apenas dois mortos foram identificados até o final da tarde: Wilson Barbosa e Osias Marques.

Na confusão, um detento conseguiu fugir. Devido à intensidade das chamas, presos que não estavam envolvidos na discussão acabaram gravemente feridos. Unidades do Corpo de Bombeiros tiveram que arrombar uma das paredes do pavilhão para retirar as vítimas. Seis ambulâncias do Samu e uma ambulância da USA (Unidade de Saúde Avançada) foram acionadas para auxiliar no salvamento.

Para o secretário de Administração Penitenciária, Roosevelt Vita, não se tratava de uma rebelião mas sim uma tentativa de fuga. "Não houve refém, não houve reivindicação", afirmou Vita. Ele acredita que a ação foi planejada por meio de telefone celular. A tragédia no presídio do Roger, segundo o secretário, foi apenas "uma cortina de fumaça" para tirar de foco uma possível fuga do detento carioca, Jackson Pereira da Silva, transferido para o presídio de segurança máxima PB-1.