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Zoomp leva ousadia às passarelas do MorumbiFashion
Rosângela Espinossi
Da Redaçao
06/07/1999 | 14:17
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A Zoomp ousou e abusou no desfile da noite desta segunda-feira, no segundo dia do MorumbiFashion, que termina nesta quarta em Sao Paulo. Sem dúvida, foi o melhor da noite, com muita transparência e corpo de fora. Provocantes tops e blusas de rendas e tules deixavam seios à mostra. Renato Kherlakian e sua equipe de estilistas (entre eles Alexandre Herchcovitch e Jum Nakao) misturaram tons de turquesa, framboesa e rosa, com jeans azul e preto, além de verde, areia e camelo.

Uma das melhores peças apresentadas foram as calças retas ou largas de cintura baixa inspiradas nos modelos de jeans tradicionais (com os bolsinhos), mas confeccionadas com tecidos modernos, que dao caimento leve e confortável às peças. A sexualidade aflorou através dos tules e rendas. É claro que ninguém vai usar tais peças do jeito que foi apresentado na passarela, mas vale como sugestao para compor com outras peças mais comportadas.

Aliás, as pobres mocinhas sofreram ao ter de desfilar com scarpins salto 12. Balançavam sobre as alturas. Nenhuma chegou a virar o pé, o que com certeza vai acontecer se alguma jovenzinha quiser seguir à risca a moda proposta pela Zoomp.

Convento - Em outro oposto, o mineiro Renato Loureiro buscou inspiraçao nos monges e freiras, atualizando suas vestes para moços e moças. Saias abaixo do joelho, pregueadas e golas estruturadas pontearam a coleçao, marcada pela ingenuidade reciclada para o ano 2000. Traduçao: transparências e decotes insinuantes sao bem-vindos. Para eles, Loureiro acertou nas jaquetas de microfibras, com caimento leve e moderno. Assim como nos ternos, com peletó mais justos e calças meio larguinhas nas pernas.

Iódice - A Iódice levou algumas ousadias para a passarela, como conjuntos masculinos de camisa e bermuda em linho alaranjado. Mas no geral, em especial para as mulheres, Valdemar Iódice preferiu optar por um look básico, com detalhes diferenciados, como na blusinha amarrada atrás, na altura do pescoço, deixando as costas aparecendo.

Debret - A Patachou se inspirou em pintores que retrataram o Brasil a partir do descobrimento, como Jean Baptiste Debret, cujos desenhos das cestas de frutas inspiraram as tramas do tricô. Reproduçoes de mapas antigos serviram como estampas para as peças. Terezinha Santos resolveu usar três estampas numa peça só (uma na frente, outra atrás e a terceira nas mangas), um efeito patchwork de gosto duvidoso.




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