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Gasoduto Brasil-Bolívia está atingindo limite, diz Abegás
Da Agência Brasil
20/03/2006 | 19:05
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O secretário-executivo da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), Roberto Silveira, afirmou nesta segunda-feira, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que há risco de desabastecimento de gás no Brasil, uma vez que o gasoduto Bolívia-Brasil está atingindo seu limite, em especial na região sul.

Ao participar do 2° Seminário Petróleo e Gás no Brasil, promovido pela Fundação Getúlio Vargas, Silveira afirmou que o gasoduto Bolívia-Brasil foi projetado para 32 milhões de metros cúbicos de gás e hoje já está transportando mais de 27 milhões, quase em seu limite, o que já sugere uma ampliação.

Silveira lembrou que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) já está coordenando uma chamada de investidores para ampliar o gasoduto da Bolívia. A própria Petrobras prevê a ampliação para mais 4 milhões de metros cúbicos de gás. "Acredito que esse problema será resolvido".

Referindo-se ao gasoduto que ligará a Venezuela, Brasil e Argentina, o secretário-executivo da Abegás disse que toda idéia no sentido de suprir de gás a rede distribuidora é bem recebida. Ele destacou, porém, que esse gás deverá ser disponibilizado "a preços que permitam a competição no mercado, porque o gás natural não é um monopólio e a gente tem que competir com outros energéticos, inclusive com a própria eletricidade".

No ano passado, a rede de dutos no Brasil cresceu 17% em relação a 2004, alcançando 13 mil quilômetros de dutos, o que acompanhou o incremento da demanda, de 20%, revelou Roberto Silveira.

A expansão da rede prevista é de 2 mil quilômetros por ano, atingindo 20,143 mil quilômetros até 2009. Segundo Silveira esse é um grande desafio. Ele reconheceu, entretanto, que se trata de um número ainda insuficiente. Na Argentina a extensão de dutos para distribuição de gás canalizado era de 115 mil quilômetros, em 2004, e nos Estados Unidos totalizava 1,5 milhão de quilômetros no mesmo período.




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