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Aumenta o controle militar na Armenia
Do Diário do Grande ABC
31/01/1999 | 17:21
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As autoridades intensificaram neste domingo o controle militar na regiao devastada pelo terremoto da última segunda-feira, no centro-oeste do país, para evitar novos saques a casas e lojas. Soldados e policiais com armas automáticas sao vistos em quase todas as esquinas ou patrulhando as ruas da cidade de Armenia, que sofreu os maiores estragos causados pelo tremor, que sacudiu quatro departamentos.

A intensificaçao da presença militar é notória após se repetir sábado, pelo terceiro dia consecutivo, saques a algumas lojas, por pessoas que alegam serem vítimas do tremor e estarem famintas. Mas o governo afirma que se trata de delinqüentes de outras cidades. O governo enviou mais de 3 mil soldados e mil policiais a Armenia e Pereira, onde os saques incluíram até um armazém da Cruz Vermelha.

A presença militar em Armenia, complementada com um toque de recolher noturno, trouxe uma relativa tranqüilidade aos milhares de prejudicados pelo terremoto nesta cidade de 300 mil habitantes situada 170 quilômetros a oeste de Bogotá.

Após o caos e a confusao iniciais, desde sábado começou a organizar-se da melhor forma a entrega de bolsas com alimentos, colchoes e roupas por parte de brigadas da Cruz Vermelha. Esta manha era possível ver também a entrega de ajuda por parte de entidades privadas, que começaram a chegar de Bogotá e outras cidades.

Um grupo da Cruz Vermelha da Alemanha chegou esta manha com 150 barracas. Outro, da Cruz Vermelha da Espanha, trouxe 60 barracas e três toneladas de medicamentos.

Os bombeiros continuam o trabalho de remoçao dos escombros em busca de mais corpos, praticamente sem esperanças de encontrar sobreviventes. Os últimos quatro foram resgatados na quarta-feira, 48 horas depois do terremoto.

Na Armênia e em outros 18 municípios castigados pelo terremoto, ainda se vê montanhas de escombros e precárias barracas de plástico, madeira e lata, onde os desabrigados buscam se proteger. De acordo com as cifras oficiais, mais de 35 mil famílias perderam suas casas com o terremoto, que deixou quase mil mortos e mais de 4 mil feridos.




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