O impedimento da entrada de novos presos e a transferência de 144 detentos prevista para até a primeira quinzena de novembro serão as duas principais ações emergenciais do Ministério Público e do poder judiciário de Diadema, em parceria com a SAP e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) para alcançar uma população carcerária na unidade de até 200 homens, hoje há mais de 340 detentos onde caberiam 60.
“É uma perspectiva importante de esvaziamento da unidade superlotada. A juíza pôde tomar a decisão, pois nos foi disponibilizada as vagas necessárias”, disse o promotor de execuções criminais de Diadema, Christiano Jorge Santos.
A intenção é fazer uma reforma na cadeia para que ela possa abrigar os presos do município até que o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Diadema, em construção em frente ao 1º DP, na rua Caramuru, esteja concluído em meados de 2004. “Com 200 presos seria mais fácil arrumarmos principalmente as grades das portas das celas, assim não permaneceriam soltos dia e noite”, afirmou o delegado Seccional, Sérgio Abdalla.
Até esta quinta-feira os presos continuavam totalmente soltos na unidade, pois as celas estão sem grades desde o último motim ocorrido último dia 2. Nos últimos 20 dias, a polícia frustrou pelo menos quatro tentativas de fugas ao descobriu quatro túneis. Um deles, o maior já escavado, de aproximadamente 25 m de extensão. Outros buracos em outras celas também foram identificados. “Vivemos no risco iminente de fugas, pode ocorrer a qualquer momento”, disse um policial civil.
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