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Secretaria interdita 31 fazendas em São Paulo
25/10/2005 | 23:41
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Fiscais da Defesa Agropecuária de São Paulo começaram nesta terça a interditar 31 propriedades rurais em 24 municípios do Estado que receberam 1.660 animais provenientes do Paraná. São 808 bovinos, 793 suínos, 39 ovinos e 20 caprinos que entraram em São Paulo desde o dia 1º de outubro e são considerados suspeitos de terem se contaminado com o vírus da febre aftosa.

A medida visa isolar os animais em quarentena: eles não podem ser retirados das propriedades, que também ficam proibidas de receber novos animais. De acordo com assessoria da Secretaria da Agricultura, os técnicos não haviam encontrado, até o final da tarde, nenhum animal com os sintomas da febre aftosa. Todos os bovinos monitorados estão sendo vacinados contra a doença.

Dos 808 bovinos trazidos a São Paulo, a maior parte foi localizada nos municípios de Novo Horizonte e Guararapes, onde três propriedades foram interditadas, com 238 animais.

Em Guararapes, 171 animais estão distribuídos em duas propriedades do mesmo dono. Na terça, os técnicos entregaram ao proprietário das fazendas o documento de interdição e devem iniciar nesta quarta a vacinação dos animais. Segundo a Defesa Agropecuária, nenhum deles apresentava sintomatologia da aftosa. Outros 47 bovinos estão sendo monitorados em uma propriedade de Novo Horizonte.

Suínos – A maior parte dos suínos trazidos ao Estado foi localizada em três propriedades de Poloni e Votuporanga, na região de São José do Rio Preto. Segundo o chefe da Defesa Agropecuária de Rio Preto, Luiz Antônio de Abreu, dos 793 suínos que entraram em São Paulo, 303 estão nessas propriedades. Parte dos animais saiu de Santa Catarina e chegou em São Paulo no dia 11 de outubro. “Não há sintomas, mas vamos manter esses animais em vigília especial, pois os suínos não são vacinados contra a doença”, explicou Abreu.

Arroba – O preço da arroba do boi gordo caiu na terça a R$ 51 em São Paulo, pressionado pela notícia de interdição das propriedades rurais paulistas que receberam gado do Paraná suspeito de ter sido contaminado com a febre aftosa. A queda nesta semana é a maior desde a descoberta dos focos em Mato Grosso do Sul. Em apenas dois dias, o preço da arroba do boi gordo no mercado físico apresentou uma desvalorização entre 7,3% e 9%. Abriu a segunda-feira negociado a R$ 55,00 a arroba e fechou na terça a R$ 51,00, mas houve negócios fechados a R$ 50,00. “Este comportamento abre uma expectativa de que o preço pode cair ainda mais no decorrer da semana”, diz Geide Figueiredo Júnior, do Instituto FNP.

Desde o dia 10 de outubro, quando foram divulgados os primeiros focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, o preço da arroba caiu entre 15% e 18%. Estava sendo negociado entre R$ 60,00 e R$ 61,00, mas na terça foi vendido a R$ 51,00 e R$ 50,00. Apesar da queda, os negócios estão abaixo do normal, entre 30% e 40% do volume tradicionalmente negociado no mercado físico de São Paulo.




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