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Azeredo: gestao de Itamar é baseada em ódio e raiva
Do Diário do Grande ABC
04/05/1999 | 10:09
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O ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), classificou a atual gestao de seu sucessor, Itamar Franco, como uma política de "retaliaçao baseada no ódio e na raiva." Em entrevista à rádio CBN, o ex-governador mineiro acusou Itamar Franco de manter um conflito com o governo federal com conotaçoes muito pessoais. "Infelizmente é o que estamos vendo em Minas", disse o ex-governador tucano.

Para Azeredo, toda esta discussao com o governo federal tem um único objetivo, a campanha presidencial de Itamar Franco. "Infelizmente nestes últimos quatro meses Minas Gerais viveu apenas um período de brigas, de discussoes, nao houve efetivamente um programa de governo, um programa de trabalho."

Azeredo disse nao poder aceitar as acusaçoes que tem sofrido contra sua administraçao. O ex-governador assumiu que nao deixou dinheiro em caixa par efetuar o pagamento do 13º salário de 1998 mas justificou afirmando que em outros governos isto também já havia acontecido.

"Aqui mesmo em Minas isto já havia acontecido anteriormente, quando o governador Hélio Garcia assumiu o governo em 1991. Mas governo é assim mesmo você tem que assumir os ônus e os bônus", disse.

O ex-governador defendeu mais uma vez a renegociaçao da dívida mobiliária do Estado junto à Uniao. "Foi uma negociaçao positiva", insistiu Azeredo, lembrando que antes da renegociaçao com o governo federal o estado pagava juros de mercado e agora paga juros de 7 5% ao ano. "Apenas com esta diferença de juros Minas Gerais já economizou R$ 5 bilhoes neste período que passou a vigorar a renegociaçao", disse.

O contrato com a Uniao entrou em vigor em março de 1996. Os pagamentos foram interrompidos em janeiro, quando o governador Itamar Franco decretou a moratória destes pagamentos.

Azeredo aproveitou para mais uma vez criticar o atual vice-governador Newton Cardoso. "Quarenta porcento da dívida mobiliária de Minas Gerais foi criada apenas nos anos de 1987 e 1988, quando o atual vice era governador", disse. Azeredo lembra que o volume da dívida cresceu em decorrência dos juros altos da política econômica. "A própria procuradora do Estado (Mizabel Derci) foi à Assembléia Legislativa e reconheceu: a dívida nao foi feita pelo governador Azeredo", defendeu-se.




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