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Comissões já recebem críticas
14/02/2007 | 23:50
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Duas semanas depois da posse dos novos deputados, a Câmara instalou e elegeu nesta quarta-feira os presidentes das 20 comissões permanentes, por onde passam os projetos antes de chegarem ao plenário para votação. Os cargos são distribuídos de acordo com o tamanho dos partidos.

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante, Leonardo Picciani (PMDB), tomou posse tentando rebater as críticas da indicação do próprio nome para a função.

No discurso, Picciani, 27 anos, atribuiu as resistências à idade. “Encontramos alguns prejulgamentos e conceitos por causa da minha idade. Não podemos aceitar isso e a comissão não aceitou”, afirmou.

A CCJ reuniu entre os integrantes que tomaram posse nesta quarta-feira pelo menos quatro deputados envolvidos em escândalos. Os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), José Mentor (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) foram acusados de envolvimento do chamado esquema do mensalão.

A Comissão de Educação, que será presidida por Gastão Vieira (PMDB-MA), reuniu celebridades: o cantor Frank Aguiar (PTB-SP) e Clodovil Hernandes (PTC-SP). Apesar de novato na Casa, Frank Aguiar foi escolhido para segundo vice-presidente.

O apagão aéreo foi assunto de pelo menos duas comissões: a de Viação e Transportes e a de Defesa do Consumidor. Deputados que integram essas comissões elegeram o caos aéreo no País uma das primeiras questões a serem tratadas pelos parlamentares.

O deputado Cézar Silvestri (PPS-PR), que assumiu a Defesa do Consumidor, disse que o grupo deverá realizar uma audiência pública para debater o assunto. Eliseu Padilha (PMDB-RS) ficou com Viação e Transporte.

Na Agricultura, a preocupação foi com o nome que assumirá o Ministério da Agricultura na reforma ministerial do presidente Lula. Marcos Montes (PFL-MG), presidente, quer que o próximo ministro seja alguém voltado ao meio rural e que “viva o dia-a-dia da atividade rural”.

Desenvolvimento Econômico, que tem entre as finalidades tratar de atividades comerciais e industriais, será comandada por Wellington Fagundes (PR-MT), acusado pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento no escândalo da compra de ambulâncias superfaturadas com dinheiro do Orçamento. Fagundes nega o envolvimento e teve arquivado o pedido de cassação pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara em 2006.

Investigado pela CPI do Orçamento que funcionou em 1993/1994, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (PFL-SP) assumiu a Seguridade Social. Ele foi mencionado pelo economista José Carlos Alves dos Santos, que denunciou o esquema de desvio de dinheiro do Orçamento. O nome do deputado também apareceu dos documentos da empreiteira que era suspeita de pagar propina aos parlamentares.

No relatório final, a CPI encaminhou o nome do deputado para a Mesa Diretora da Câmara avaliar o prosseguimento das investigações. A Mesa, no entanto, decidiu não investigar e arquivou o caso. O deputado negou envolvimento no desvio de dinheiro.



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