Com prazo perto do fim para as definições partidárias, PSB e DEM ameaçam debandar do arco de alianças do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB). A dupla demonstra insatisfação nas negociações pelo apoio em âmbito estadual e municipal. Ambos confirmaram o adiamento de suas convenções para dia 30 antes mesmo de o petebista também estender a data por problemas em solucionar o nome do vice na chapa de reeleição.

No DEM, a preocupação fica pela formação da coligação proporcional. O receio democrata é esvaziar a representação na Câmara diante de parceria com um partido de expressão, como PSDB, deixando a sigla em situação delicada. Segundo o vereador Evilásio Santana, o Bahia (DEM), o acordo pela coligação prometida com o PTdoB não está sendo cumprida. "Isso causou descontentamento. Por isso, não está descartado sair da aliança. Até agora, estamos esperando o posicionamento do prefeito."

O interesse democrata por coligar com nanico se dá para ter o direito de lançar número maior de candidatos a vereador.

A decisão do PSB, por sua vez, surgiu do diretório estadual. A aliança está colocada em suspeita pelo impasse em São Vicente, reduto eleitoral do presidente socialista em São Paulo, Márcio França. O acordo entre PTB e PSB na cidade do litoral paulista era baseado na adesão petebista à pré-candidatura de Caio França (PSB, filho de Márcio), que deve ruir. Esse apoio ficou atrelado à eventual composição em Santo André, que pode azedar mesmo após o presidente local, Ivo de Lima, adiantar que o pacto estava bem encaminhado para o acerto.

Dando o tom da possível troca de lado socialista, o vereador José Ricardo (PSB) afirmou que o diretório paulista está em apreciação do quadro eleitoral antes de sacramentar o apoio. "A estadual estuda fazer uma análise da conjuntura política."

Com cargos no governo Aidan, a direção socialista, inclusive, participou da pré-convenção do PTB na sexta-feira, na qual PSDB, DEM, PPS e PTdoB também estiveram presentes.