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Reação à pesquisa é surpreendente no ABC
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
22/12/2003 | 22:46
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A pesquisa Brasmarket/Diário, publicada neste domingo, revelou que a dez meses das eleições de 2004 o eleitorado do Grande ABC anda indeciso, mas tende a escolher candidatos da oposição na maioria das cidades, como em São Bernardo, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. Os pesquisadores ouviram cerca de 400 eleitores de cinco faixas etárias e de renda em dez bairros de cada município. Mesmo considerado o chamado jogo de cena sempre presente em declarações de candidatos em época de campanha, é possível dizer que, em vez de óbvia, foi surpreendente a reação dos políticos aos números. Com tempo de sobra, todos estudam movimentos e palavras uns dos outros.

“Nós ainda estamos a dez meses da eleição, muita água pode passar por baixo dessa ponte. Temos de considerar que os candidatos partem de uma máquina maior, mas a maioria do Grande ABC tem tendência oposicionista. No plano geral, existe uma tendência pela renovação, que deve ser confrontada pelo poder das massas, que nunca podem ser desconsideradas na disputa, ainda mais no Grande ABC”, disse o presidente da Brasmarket, Ronald Kuntz.

A maioria dos que foram cotados em posições melhores do que imaginavam ou que se viram diante da confirmação de pesquisas realizadas por conta própria optou pela cautela. Em contrapartida, os adversários que apareceram em posição menos favorável ficaram satisfeitos com a avaliação do eleitorado.

O caso mais emblemático aconteceu em Santo André, onde o ex-prefeito Newton Brandão (PSDB), empatado tecnicamente com o prefeito João Avamileno (PT), afirmou que o resultado já era esperado. Avamileno, por sua vez, disse que o resultado neste momento é um sinal de que a população aprova sua administração.

Em Diadema, o ex-prefeito José Augusto (PSDB) também reagiu com cuidado ao resultado, talvez para não comprometer a imagem de quem precisa derrotar o governo com o qual está empatado.

Já o prefeito de São Caetano, Luiz Tortorello (sem partido), comemorou abertamente, mas afirmou que não foi surpresa o resultado obtido por um de seus afilhados políticos, o diretor de Saúde José Auricchio (PTB), este sim, cauteloso. Mas o vereador petista Hamilton Lacerda, cabeça da oposição, estica a corda para seu lado e afirma que os números indicam favoritismo.

Rio Grande da Serra também vive uma contradição: o presidente da Câmara, Adler Teixeira, o Kiko (PSDB), comemora sua vantagem preocupado a reação do principal adversário, Carlos Augusto César, o Cafu (PT), que embora tenha ficado em posição desvantajosa em relação ao cabeça da lista, ficou feliz por iniciar a disputa com 11% dos votos.




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