O MPE (Ministério Público Estadual) realizará em outubro uma vistoria no viaduto entre a Praça 22 de Novembro e a avenida Capitão João, no Centro de Mauá, obra de cerca de R$ 4 milhões que foi inaugurada com um ano e dois meses de atraso e recebeu várias denúncias de irregularidades. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o procurador de Justiça do Caex (Centro de Apoio às Execuções), Arual Martins, disse que engenheiros farão a perícia e vão elaborar um laudo. Ainda não foi marcada a data da vistoria.

As denúncias de eventuais irregularidades foram feitas pelo vereador Manoel Lopes (PFL), que protocolou representação na Promotoria Pública de Mauá após rejeição de um pedido de criação de CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Câmara.

O promotor de Justiça de Mauá, Heraldo Franci Rocha, encaminhou ao Caex, em São Paulo, um ofício solicitando a perícia pelos órgãos técnicos do MP, “a fim de verificar eventuais irregularidades na execução da obra consistente da construção de viaduto”. O documento é datado de 13 de maio.

Manoel Lopes comemorou nesta quinta-feira a decisão do MP. “Só assim vamos esclarecer se tudo ocorreu normalmente. Fui impedido de convocar o prefeito (Oswaldo Dias) para prestar esclarecimentos da obra e ainda rejeitaram o pedido de CEI. Fui impedido de exercer a minha função legislativa, mas fui ao Ministério Público, que decidiu tomar medidas”, afirmou.

A Prefeitura não quis se manifestar sobre a realização da perícia. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) também recebeu pedido de investigação de vereadores da cidade sobre o mesmo tema. Eles supostas irregularidades no contrato entre a Prefeitura e a empresa Tofer Engenharia, Comércio e Indústria, responsável pela construção do viaduto. A acusação foi de eventual superfaturamento.