Foragido desde que teve sua prisao decretada, no dia 14 de outubro, o empresário reapareceu na última quinta-feira e, por telefone, de um lugar nao revelado, deu uma longa entrevista ao jornal Correio Popular, de Campinas.
Sozza se diz um laranja no esquema e garante que se falar o que sabe, ``haverá um rebuliço maior do que o que está acontecendo'. O empresário criticou o serviço de proteçao a criminosos que se disponham a colaborar com a justiça e afirmou que, caso decida mesmo se entregar, a melhor alternativa seria por intermédio de um representante da Igreja Católica. Ele nega que tenha relaçoes com o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar - com quem, segundo a CPI, teria se encontrado num esconderijo no Paraguai - e afirma que nestes 60 dias de clandestinidade passou por cerca de 300 lugares diferentes. ``Estou no meio do mato', disse.
Robson Tuma acha que Sozza conhece por dentro o esquema do crime organizado e poderá fornecer à CPI informaçoes que levem, ainda, a descobertas surpreendentes. ``Se ele é laranja, como diz, deve ajudar a CPI e dizer quem sao as outras pessoas', diz o deputado. Desde que passou por Campinas, entre os dias 16 e 20 do mês passado, os deputados da CPI vêm tentando negociar a rendiçao do empresário. Acreditam que o momento está próximo, principalmente porque Sozza já dá sinais de cansaço e desespero.
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