Enquanto os jogadores do Sao Paulo disputam nesta quarta-feira, às 20h30, no Morumbi, contra o Bayer Leverkusen, a decisao da Copa Euro-América, os dirigentes do Tricolor tentam definir a funçao de cada um na hierarquia do clube. "Eu ainda nao sei até que ponto tenho poder de decidir alguma coisa", lamentou o gerente de Futebol, Rubens Minelli. "É necessária uma rápida organizaçao na diretoria", diz Minelli, contratado para solucionar o futuro do numeroso elenco do Sao Paulo (69 atletas no início da temporada). "Eu também acabo discutindo renovaçao de contratos e empréstimo de passes", afirmou.

Essa funçao confunde-se com a do diretor de Futebol, Pérsio Rainho, responsável pela compra de reforços. "É tanto trabalho que eu ainda nao tive tempo de discutir a permanência do Dodô no clube", explicou Rainho, esquecendo-se que o contrato do atacante só vence em 2001.

Com tanta confusao, especula-se no Morumbi que o diretor financeiro, Paulo Amaral, possa assumir o comando do futebol ao lado de Rainho. O diretor de futebol estaria insatisfeito com a possível divisao de poderes, e reclamou da Cirio, patrocinadora do clube. "Parece que eles nao nos pagam há 60 dias, o que dificulta a negociaçao de reforços". A assessoria de imprensa da Cirio informou que, mesmo com atrasos, a parcela de dezembro já foi paga e a de janeiro será quitada nos próximos dias.

Longe da troca de acusaçoes, o técnico Paulo César Carpegiani pretende deixar o time mais ofensivo para enfrentar o Bayer. O esquema tático será o mesmo 3-5-2, com Marcelinho no lugar de Reinaldo, no ataque. Capitao será recuado para a zaga e Edmílson atuará como volante. "Quero uma equipe com mais pegada, sem dificuldades para sair jogando e forte na hora de atacar", resumiu o treinador.