Bau declarou a um jornal eletrônico — e depois ao resto da imprensa — que em 1973, quando Gabrielli era tenente na base de Cerro Moreno, no norte do país, torturou ele mesmo e outros presos. A parte do relato de Bau que mais impressionou a opinião pública foi a denúncia de que o preso político identificado como Eugenio Ruiz-Tagle foi morto a tiros depois de ser barbaramente torturado juntamente com outras 13 pessoas por oficiais do exército que viajaram ao norte do país para executar quem se opunha ao governo.
Ruiz-Tagle ficou sem um dos olhos, teve as orelhas mutiladas, ossos quebrados e ainda levou alguns tiros, além de ter a coluna fraturada. O preso foi torturado na penitenciária de Antofagasta, 1.370 quilômetros ao norte de Santiago, pelos militares do serviço de inteligência, segundo investigações posteriores. Mas antes de ser transferido para a prisão, já tinha sido torturado por oficiais da FACH na base aérea, assegurou Bau, que antecipou que pretende entrar na justiça com uma ação contra o militar.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.