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Chile ordena regresso de militar acusado de torturas
Das Agências
10/02/2001 | 15:59
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A força aérea chilena ordenou o regresso ao país de seu chefe do Estado Maior, general Hernán Gabrielli, que estava de férias nos Estados Unidos, e que foi identificado como torturador por um ex-preso político. Gabrielli está sendo esperado até domingo em Santiago onde, depois de analisar a situação com a Força Aérea, vai decidir como enfrentar as acusações apresentadas contra ele por Carlos Bau Aedo.

Bau declarou a um jornal eletrônico — e depois ao resto da imprensa — que em 1973, quando Gabrielli era tenente na base de Cerro Moreno, no norte do país, torturou ele mesmo e outros presos. A parte do relato de Bau que mais impressionou a opinião pública foi a denúncia de que o preso político identificado como Eugenio Ruiz-Tagle foi morto a tiros depois de ser barbaramente torturado juntamente com outras 13 pessoas por oficiais do exército que viajaram ao norte do país para executar quem se opunha ao governo.

Ruiz-Tagle ficou sem um dos olhos, teve as orelhas mutiladas, ossos quebrados e ainda levou alguns tiros, além de ter a coluna fraturada. O preso foi torturado na penitenciária de Antofagasta, 1.370 quilômetros ao norte de Santiago, pelos militares do serviço de inteligência, segundo investigações posteriores. Mas antes de ser transferido para a prisão, já tinha sido torturado por oficiais da FACH na base aérea, assegurou Bau, que antecipou que pretende entrar na justiça com uma ação contra o militar.




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