A três passos do paraíso na Copa do Brasil, o Palmeiras está perto de completar o primeiro hoje, às 21h, contra o Grêmio, na Arena Barueri, pelo jogo de volta da semifinal da competição. O primeiro duelo, no Olímpico, terminou com vitória alviverde (2 a 0), e até derrota por um gol de diferença garante os paulistas na decisão, que seria os dois últimos passos.

Para o Tricolor, somente vencer por dois gols interessa, sendo que os 2 a 0 a favor dos gaúchos levam o confronto aos pênaltis.

Apesar de prerrogativa conquistada no Sul, o Palmeiras garante que não ficará na defesa. "Construímos boa vantagem, mas vamos querer usá-la somente no fim. Temos de jogar do mesmo jeito, marcando bastante e saindo para o jogo. O Grêmio vai sair, por isso temos de começar a marcação desde lá na frente e aproveitar os contra-ataques", explicou o goleiro Bruno.

Para o atacante Barcos, o triunfo do Verdão passa pela mesma postura que a equipe teve no Olímpico.

"Estamos todos comprometidos, sabemos o que significa para o Palmeiras estar em uma final. Entrar na história do clube não é pouca coisa, e todo mundo está esperando jogar esta final e ganhar. Estamos com os pés no chão, o Grêmio precisa ser respeitado. Mas se jogarmos como jogamos na quarta-feira, teremos sucesso", destacou o Pirata.

A novidade no time é o meia Valdivia, que foi relacionado e deve jogar. Ele se recuperou das dores que sentia no joelho direito e do sequestro relâmpago sofrido há 13 dias.

O volante Marcos Assunção também foi confirmado, assim como o lateral-direito Arthur. Por outro lado, o atacante Luan, que sofreu estiramento contra o Vasco, ficará fora de seis a oito semanas.

Do lado gaúcho, o técnico Vanderlei Luxemburgo não sabe se contará com o zagueiro Werley, que sente dores no tornozelo esquerdo. Caso não jogue, Wilson será o substituto.

A esperança gremista de reverter a vantagem adversária está nos atacantes Marcelo Moreno e Kléber. Juntos, já anotaram 11 gols em atuações fora de casa nesta temporada.

Daniel Carvalho é outra vítima da violência

Parecem que as más notícias insistem em acompanhar o Palmeiras nos últimos tempos. Além das brigas internas e maus resultados, agora a violência das ruas atinge os atletas do clube.

Após o sequestro relâmpago envolvendo o meia Valdivia e sua mulher, há 13 dias, Daniel Carvalho foi vítima de assalto na Avenida Francisco Matarazzo, na Zona Oeste de São Paulo, a cerca de dois quilômetros da Academia de Futebol, por volta das 12h de ontem e teve o relógio avaliado em R$ 8.000 roubado.

"Vim do aeroporto, estava em Porto Alegre resolvendo problemas pessoais. Meu motorista foi me buscar, teve engarrafamento na Matarazzo, pararam duas motos de cada lado. Até estava dormindo na hora e tomei susto com a arma batendo no vidro", explicou.

Apesar do medo, ele treinou normalmente e informou que não vai registrar boletim de ocorrência porque não conseguiria reconhecer os assaltantes, que pilotavam motos sem placas.

"Isso assusta, sem dúvida. Foi situação rápida, coisa de 20, 30 segundos. Mas quando a gente vê a arma fica um pouco assustado. É tentar esquecer. Fico chateado, triste. O importante é que não aconteceu nada conosco", destacou o atleta.