Proposta será apresentada na próxima terça-feira (17) aos demais prefeitos do Grande ABC durante assembleia
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O presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), pretende intensificar a representatividade da região em Brasília e apresentará na próxima terça-feira (17) aos demais chefes de Executivo que compõem o colegiado proposta de reabertura de espaço próprio no Distrito Federal.
A ideia não é nova, tendo em vista que o ex-prefeito de São Bernardo Orlando Morando (sem partido), quando comandou o colegiado, inaugurou, em 2017, escritório na capital federal objetivando reforçar a atuação da entidade como principal articulador para o desenvolvimento do Grande ABC. Porém, segundo o podemista, o espaço fechou devido à guerra de egos entre integrantes da entidade.
“A briga por vaidade de dois prefeitos acabou quase levando não só ao fechamento do Consórcio de Brasília, mas o daqui também (no Grande ABC)”, afirmou Marcelo Lima, em referência à disputa que levou ao arrefecimento da relação entre Morando e o ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB).
O são-bernardense fez questão de destacar que a sala que pretende abrir na capital federal difere da inaugurada por Morando em relação à economicidade. “Na verdade, é um coworking, onde estabeleceremos uma sala para receber todos os prefeitos, secretários e técnicos que vão até Brasília e precisam de um espaço para ter uma reunião com algum membro do governo federal ou do Congresso Nacional, onde possam discutir as suas demandas. O valor está orçado em aproximadamente R$ 7.000 por mês, incluindo água, luz e também a recepção, que é para todo o prédio”, disse o prefeito.
Marcelo Lima afirmou que o espaço vem para apoiar as sete prefeituras que mandam técnicos a Brasília toda semana, destacando que o local não será exclusivo para prefeitos. Disse ainda que a imple-mentação da sala está condicionada a aprovação dos chefes de Executivo das demais cidades consorciadas. “Isso mostra que, mais do que nunca, o Consórcio veio para ficar consolidado de vez na nossa região, mas agora sem vaidades”, pontuou.
Questionados, os prefeitos de Santo André e São Caetano, respectivamente, Gilvan Junior (PSDB) e Tite Campanella (PL), afirmaram que vão se posicionar após tomarem conhecimento do projeto nesta terça-feira. Já para Taka Yamauchi (MDB), que comanda Diadema, “é preciso avaliar os custos de uma unidade em Brasília, bem como o custo/benefício que isso poderá trazer ao Grande ABC”.
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), vê com bons olhos a abertura de espaço dedicado ao Consórcio em Brasília, tendo em vista o bom relacionamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O presidente reabriu as portas do governo federal para os municípios. Depois de muito tempo, os prefeitos voltaram a ser bem recebidos em Brasília. No caso de Mauá, posso dizer que criamos verdadeira ponte aérea, conectando o município a grandes investimentos. Acredito que esta possível sala represente a consolidação de um caminho muito promissor para a nossa região”, afirmou.
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