A estatística é assinada pela Agência de Colonização e Trabalho, órgão do governo do Estado. O documento de 1907 se transforma em histórico na arte assinada pelo infografista Agostinho Fratini, do Diário
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Uma notícia comum nos jornais brasileiros publicados entre a segunda metade do século 19 e o início do século 20 era o da chegada de vapores nos portos mais importantes trazendo imigrantes que vinham ao Brasil para o cultivo, em especial, do café.
Verdadeiramente, imigrantes que paravam no Brasil ou seguiam para a Argentina em substituição à mão-de-obra escrava – e eles próprios passavam a viver em regime de escravatura, fenômeno que se repete, infelizmente, em muitos casos, até os dias atuais.
São Bernardo e o futuro Grande ABC, mais arredores de São Paulo, não produziam café. Mas era necessária esta mão-de-obra agrícola para abastecer a Capital dos tais gêneros de primeira necessidade (frutas, legumes, verduras, carvão e lenha).
Cinco núcleos coloniais foram criados para servir São Paulo, os de São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires, mais os núcleos da Gloria (Cambuci) e Santana, estes no subúrbio de São Paulo.
O relatório de 12 de junho de 1907, aqui publicado, focaliza o núcleo de São Bernardo, com sede na Vila do mesmo nome, hoje Centro de São Bernardo “do Campo”.
Assinado por Henrique P. Ribeiro, diretor da Agência de Colonização e Trabalho, o documento informa que residiam no Núcleo Colonial de São Bernardo representantes de 14 nacionalidades, num total de 2.102 pessoas, sendo 1.137 do sexo masculino e 965 do sexo feminino. Eram 403 famílias.
Nem todos aqui permaneceram. Mas naquele momento as famílias estavam habitando as chamadas linhas coloniais, nomenclaturas substituídas pelos bairros urbanos.
Os mais antigos bairros que se formariam, em São Bernardo e no conjunto das Setecidades, hoje são centenários, assunto que esta página “Memória” começa a sistematizar, cidade a cidade.
Crédito – Arte: Agostinho Fratini
POVOS. Os italianos puxam a fila. Eram mais numerosos que os próprios brasileiros. Outras 12 nacionalidades completavam uma etnia que com o passar das décadas multiplicou-se à exaustão até o presente, dos migrantes brasileiros aos povos latino-americanos
DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Domingo, 15 de junho de 1975 – Edição 2773
JUDICIÁRIO – Instalada a Quarta Vara Criminal de Santo André, em ato assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça e São Paulo, José Carlos Ferreira de Oliveira.
Juiz designado: Fernandes Magalhães; promotor: Hermenegildo Camargo Dias.
EM 16 DE JUNHO DE...
1905 – Continuava a greve dos estivadores e demais trabalhadores em Santos, com a adesão dos barbeiros, engraxates, pessoal do matadouro e da companhia de bondes.
Associação Comercial de Santos acusava prejuízos gerais no comércio e pedia a vinda do chefe da polícia do Estado à cidade.
Polícia fechava o Clube União dos Operários.
Londres, 15 – Agência Havas – Um despacho de Tóquio, publicado pelo “Daily Telegraph”, informava que o total das perdas sofridas pelas forças navais japonesas durante a guerra com a Rússia era de 3.670 homens.
Frio intenso no Estado de São Paulo. Registrada a primeira geada na Capital. Termômetros da Avenida Paulista marcaram mínima de dois graus abaixo de zero.
1915 – Câmara Municipal de São Bernardo recebia representação pedindo o restabelecimento do curso noturno municipal para adultos na sede do Município (leia-se Vila de São Bernardo, atual Centro de São Bernardo “do Campo”).
1920 – Anunciada uma nova marca de balas com figurinhas: “Footballers e Torcedores” ou “Balas Bandeirinhas”.
Como brinde seriam distribuídos distintivos dos 41 clubes filiados à APSA – Associação Paulista de Sportes Atléticos.
1965 – Comissão intermunicipal estudava a criação da Faculdade de Medicina do ABC.
MUNICÍPIOS BRASILEIROS
No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de Bariri, Piracaia e Salto.
Também aniversariam nesta data: Barra (BA), Costa Marques, Espigão D’Oeste e Ouro Preto do Oeste (RO), Jussara (PR) e Lagoa Grande (PE).
HOJE
Início da Semana do Migrante.
Santa Julita e São Ciro
16 de junho
Viveram na Síria, no século IV. Julita sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano. Enquanto estava sendo torturada, seu filho pequeno, de nome Ciro, gritava em alta voz que também era cristão, e foi por isso morto com ela.
Ilustração – Canção Nova
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