"Eu sou obrigado a falar do CEU. Eu que tive a oportunidade de conhecer, acho que quem não conhece deveria conhecer. Obviamente, fazer com que todo o povo brasileiro tenha isso vai levar um tempo. Mas, na verdade, nós precisamos melhorar a qualidade das coisas que oferecemos para as pessoas", afirmou.

Lula defendeu a melhoria dos serviços públicos de saúde e educação para evitar que o Brasil tenha "cidadãos de segunda classe". "A escola pública no Brasil já foi de grande qualidade. Isso pode ser recuperado. A construção do CEU é um exemplo disso", avaliou.

O presidente salientou que os brasileiros precisam assumir sua parcela de responsabilidade no combate às desigualdades. "Não é isentar o estado de sua responsabilidade. Pelo contrário, o estado existe para cumprir suas obrigações. Mas cada um de nós, além de cobrar do estado, temos que definir o que nós, enquanto seres humanos, fazemos a cada dia".

“Eu quero saber qual é a ponte que a gente vai fazer entre o cidadão brasileiro que pode e o que não pode, entre o cidadão brasileiro que sabe e o que não sabe", afirmou.

Haiti- Lula anunciou que vai propor às Nações Unidas o envio de uma equipe ao Haiti para fazer uma "análise profunda das necessidades do país". "O que custaria para os países ricos ajudar a reconstruir o Haiti?", perguntou.

Ele avaliou que o presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, deixou o cargo em março por causa das questões sociais. "Não foi porque o país estava em guerra. Foram os problemas sociais que levaram à queda do presidente. E vão cair todos os presidentes, enquanto não houver justiça social".

O presidente lembrou do amistoso que a Seleção Brasileira vai fazer na próxima semana no Haiti. "Nem tudo precisa de canhão, de metralhadora, de arma de destruição em massa. Ás vezes, o mundo precisa de um gesto de carinho".