Pré-candidato ao Paço de Santo André pelo PT, o deputado estadual Carlos Grana avaliou que o imbróglio envolvendo a vice do prefeito Aidan Ravin (PTB) desgasta a chapa majoritária petebista.

A celeuma governista envolve a atual vice Dinah Zekcer (PTB) e o presidente do diretório municipal do PSDB, Ricardo Torres. Enquanto a petebista luta para se manter no cargo, o tucano condiciona o apoio do partido à vaga. A definição a favor do PSDB seria oficializada na sexta-feira, mas Dinah pressionou e Aidan recuou da decisão.

"O fato concreto é que há uma percepção que existe um certo descontentamento na chapa atual do prefeito. Isso poderá, a depender da conclusão desse processo, criar algum desgaste", avaliou o petista.

Grana ressaltou a representatividade de Dinah, figura renomada da política andreense e integrante de família tradicional no município. "Existem muitas pessoas sendo solidárias à atual vice-prefeita pelo que ela representa na cidade, pelo que representou no governo. Ela é uma pessoa muito respeitada e de fato tem um aspecto de sentimento de insatisfação por algumas lideranças", afirmou o pré-candidato.

Apesar de sua análise, o deputado ponderou quando perguntado se Aidan estaria dando golpe na sua vice. "Não vou considerar (que é um golpe). Isso é uma coisa que diz respeito ao PTB e diz respeito à sua aliança", desconversou. "Não sei até que ponto há compromisso entre o PTB e o PSDB em fazer uma dobradinha", completou o petista.

O postulante ao Paço reiterou que a escolha do vice na chapa adversária não irá influenciar sua estratégia para a campanha eleitoral. "Para nós, não muda em absolutamente nada, porque não contávamos com o PSDB no nosso arco de alianças", reiterou.

A convenção do PT está marcada para segunda-feira, no Clube Primeiro de Maio, às 19h. Na ocasião, Oswana Fameli (PRP) deve ser anunciada como vice de Grana.