Ao todo, foram analisadas 118 moedas ao redor do mundo, e os resultados mostram que o impacto da medida norte-americana se espalhou por diversos continentes
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Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo pacote de tarifas no início de abril, o mercado global sentiu o baque — e algumas moedas sofreram mais do que outras. Entre elas, o real brasileiro foi duramente atingido e ocupa o 3º lugar entre as que mais perderam força frente ao dólar.
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O levantamento foi feito pela Austin Rating, agência de classificação de risco, com base em dados do Banco Central. Ao todo, foram analisadas 118 moedas ao redor do mundo, e os resultados mostram que o impacto da medida norte-americana se espalhou por diversos continentes.
Desde o dia 2 de abril, quando o "tarifaço" veio a público, o real acumulou uma desvalorização de 5,10% até esta terça-feira (8). Na prática, isso significa que o dólar voltou a subir com força no Brasil, chegando perto dos R$ 6, o que encarece viagens, importações e até produtos do dia a dia.
Mas o Brasil não está sozinho nessa. Veja quem lidera o ranking das moedas que mais perderam valor no mesmo período:
(Entre 2 e 8 de abril)
1- Líbia (Dinar) – -13,2%
2- Colômbia (Peso) – -5,8%
3- Brasil (Real) – -5,1%
4- Argentina (Peso) – -4,6%
5- Turquia (Lira) – -4,3%
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De acordo com os especialistas da Austin Rating, a reação negativa do mercado ao tarifaço é explicada por uma série de fatores: aumento da tensão comercial entre países, fuga de investidores para moedas mais fortes (como o próprio dólar) e insegurança em relação ao crescimento econômico global.
Além disso, no caso brasileiro, o cenário interno também contribuiu para a desvalorização: incertezas fiscais, ruídos políticos e dificuldades na condução da política monetária ajudam a empurrar o real ainda mais para baixo.
Para o consumidor, isso pode significar alta nos preços de produtos importados, encarecimento de viagens internacionais e, no médio prazo, até pressão na inflação. Enquanto isso, os mercados seguem atentos aos próximos passos dos EUA e às respostas dos demais países.
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