O vice-presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), concedeu pedido de vista, por cinco sessões, do relatório parcial da sub-relatoria de Movimentação Financeira, elaborado pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

O pedido foi apresentado pelos deputados Carlos William (PMDB-MG), Maurício Rands (PT-PE) e Pompeu de Mattos (PDT-RS). Rands argumentou que o material apresentado por Fruet é "incompleto". Já William e Mattos avaliaram que o documento precisa "ser ampliado no tempo e no espaço".

A senadora Ideli Salvati (PT-SC) não apresentou pedido de vistas, no entanto, classificou de parcial o relatório apresentado pelo deputado. De acordo com ela, o "o esquema de Marcos Valério é anterior a 2003", ou seja, aconteceu durante parte da administração do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Salvati lembrou que há processo contra a SMPB desde 1996 no MP (Ministério Público), e que existem investigações sobre a empresa em Goiás e na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Ideli admitiu que "é estranhíssima a tese de que houve empréstimos", mas ressaltou que o esquema montado pelo empresário mineiro é anterior a 2003.

Pompeu de Mattos, por sua vez, reiterou que o processo foi identificado a partir de 2003. "A CPMI é contra a corrupção e não contra o PT, a base aliada ou o governo Luiz Inácio Lula da Silva, embora bata neles todos", disse.