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Judocas fazem ‘hora extra’ nos Jogos
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
16/09/2006 | 23:22
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Desde os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo (República Dominicana, em 2003), quando Antoine Jaoude obteve a prata na categoria até 96 kg, a luta olímpica briga para deixar de ser um esporte quebra-galho e conquistar seu espaço no cenário nacional. No entanto, a improvisação continua sendo a tônica da modalidade, e foi novamente adotada nos Jogos Abertos do Interior, cujo torneio começou neste sábado no Vera Cruz.

Jaoude, que defende São Bernardo, é o grande destaque do esporte, mas teve de dividir o espaço com outro atleta: Carlos Honorato, prata na Olimpíada de Sydney (2000), no judô. Ele substitui um lutador de São Caetano que se contundiu e, coincidentemente, ambos disputaram a mesma categoria. Debutante, Honorato venceu as duas primeiras lutas, mas foi derrotado justamente por Jaoude, que luta pelo ouro hoje.

O judoca já tinha feito a parte dele nos Jogos Abertos. Manteve a hegemonia da cidade na competição ao garantir o ouro no meio-pesado. “Fiz alguns treinamentos e vou fazer de tudo para conquistar uma pontuação importante para a cidade”, disse Honorato, que, por enquanto, não pensa em mudar de modalidade. Mas, se aprovar seu desempenho, o atleta tentará conciliar os dois esportes.

Desde o final de 2005, Honorato vive um inferno astral no judô. Foi cortado da Seleção Brasileira às vésperas do Mundial do Egito por estar acima do peso. Até então, o judoca era titular absoluto da categoria médio desde 2000. Em 2006, foi derrotado pelo judoca Hugo Pessanha, 19 anos, na seletiva nacional. O vencedor foi indicado para representar o país no Mundial por Equipes, que começa neste domingo, em Paris (França).

Outra atleta que também se desdobra para fazer bons resultados em ambos esportes é Rosangela Conceição, de São Bernardo. No judô, ela conquistou o ouro no meio pesado e brigará pela segunda medalha hoje, na luta olímpica ao enfrentar a vice-campeã mundial júnior Aline Silva, de São Caetano.

O atleta William Naim, também de São Caetano, é um dos poucos que escolheram a luta olímpica como primeira opção. Para Naim, porém, a invasão é benéfica. “Com a chegada destes lutadores, o esporte tem conseguido chamar a atenção e, quem sabe, assim consegue conquistar seu próprio espaço”, concluiu.




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