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Violência entre xiitas submete políticos iraquianos à pressão
Da AFP
25/08/2005 | 10:23
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A violência entre os xiitas, registrada em várias cidades do Iraque, deixaram sob pressão os políticos do país nesta quinta-feira, dia em que devem adotar a Constituição.

Em Bagdá, os líderes políticos reiniciaram as consultas no último momento, sem sinais de progresso, antes de submeter o texto ao Parlamento, que deve se reunir ainda nesta quinta-feira.

Cada lado mantém as mesmas posições, em particular uma parte dos sunitas, que não desejam que o Iraque seja federativo e que só aceitam um compromisso se o texto da Constituição destacar com ênfase "a unidade do país e proibir qualquer possibilidade de divisão”, segundo o negociador Saleh Motlak.

No entanto, o presidente Jalal Talabani declarou à imprensa que continua tentando aproximar os pontos de vista, depois de uma reunião com os negociadores sunitas. Talabani se declarou otimista quanto à possibilidade de um consenso nas próximas horas.

Os atos de violência desta quinta-feira, que tiveram como pano de fundo a rivalidade entre a facção radical do clérigo Moqtada al-Sadr e o poderoso CSRII (Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque), um dos pilares do governo, foram provocados por confrontos na cidade sagrada de Najaf, no centro do país.

Pelo menos sete pessoas morreram e várias ficaram feridas, incluindo quatro seguidores de al-Sadr, que morreram em Najaf, 160 km ao sul da capital.

O clérigo radical afirmou que não solicitou a dois ministros, o dos Transporte, Salam al-Maliki, e o da Saúde, Abdel Muttaleb Mohamed Ali, que suspendessem a participação no governo para protestar contra a violência de Najaf, sugerindo que seu retorno dependeria de uma condenação do governo ao CSRII.

Além dos ministros, 20 deputados ligados à ala radical suspenderam sua participação no Parlamento, mas isto não afeta o resultado da votação sobre a Constituição, pois os curdos e os xiitas 'não radicais' dispõem de uma cômoda maioria.

Apesar dos problemas, o general americano William Webster, comandante das tropas dos Estados Unidos em Bagdá, informou que as forças de segurança iraquianas estarão em condições de assumir sozinhas o controle do território durante o período de referendo sobre a Constituição, programado para 15 de outubro.




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