O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse nesta quarta-feira que o número de assinaturas necessárias para a abertura de uma CPI para investigar o caso Waldomiro Diniz "está batendo na trave". Ele não revelou os nomes dos senadores que já aderiram à instalação da comissão, mas informou que parlamentares do PMDB, do PDT, "praticamente todos" do PSDB e do PFL já ofereceram apoio ao requerimento.

Barros informou ainda que a coleta das assinaturas serão suspensas nesta semana e retomadas após o Carnaval. Ele disse que não há pressa em preencher o requerimento, uma vez que a maioria dos senadores consultados por ele manifestaram a intenção de assiná-lo. Para que a CPI seja criada, são necessárias 27 assinaturas.

Entenda - Waldomiro Diniz ocupava o cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República até a última sexta-feira, quando foi divulgado o conteúdo de uma gravação feita em 2002 que o mostrava pedindo propina a um bicheiro. O dinheiro, conforme alegou, seria usado para financiar as campanhas eleitorais da então candidata ao governo do Rio de Janeiro Rosinha Matheus (à época no PSB) e dos petistas Benedita da Silva (RJ) e Geraldo Magela (DF).

Na época da gravação, Diniz presidia a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Em troca da propina, ele prometia beneficiar o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em uma concorrência pública.

Com Agência Senado