A bancada do PMDB vai se reunir nesta terça-feira para definir um nome de consenso do partido para disputar na quarta a eleição para a escolha do novo presidente da Casa, em substituição a Renan Calheiros (PMDB-AL), que deixou o cargo na semana passada justamente para escapar do foco da crise política no Congresso Nacional.
Até agora, o favorito para ficar com a vaga é Garibaldi Alves (PMDB-RN), já que José Sarney (PMDB-AP), o preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avisou que não pretende ser novamente presidente do Senado. Ele comandou a Casa entre 2003 e 2004, os dois primeiros anos do mandato de Lula.
Ainda correm por fora outros quatro nomes do PMDB: Valter Pereira (MS), Leomar Quintanilha (TO), Neuto de Conto (SC) e Pedro Simon (RS).
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), quer evitar a eleição interna dentro do partido, pois acredita que isso causaria ainda mais desgaste dentro da legenda. “Estou buscando o consenso na bancada e também conversando com líderes de outros partidos para ter um candidato único”, assinalou. O líder peemedebista informou que na pior das hipóteses o partido chegará com dois candidatos na eleição de quarta-feira.
Garibaldi – Se Garibaldi for o escolhido do PMDB, provavelmente não enfrentará nenhuma resistência dos partidos de oposição ao governo Lula (PSDB e DEM), que já avisaram que o parlamentar do Rio Grande do Norte é um bom candidato, assim como Pedro Simon, senador considerado ‘independente’ no Congresso Nacional.
Mas, se os peemedebistas lançarem outro nome, existe a possibilidade de um tucano ou um democrata entrar na disputa. Neste momento, para evitar mais desgaste, o Palácio do Planalto torce para que Garibaldi seja eleito com tranqüilidade.
O processo de eleição do novo presidente do Senado será na quarta-feira e acontecerá sob o comando do presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), que ocupa o cargo desde o início de outubro, quando Renan Calheiros decidiu se afastar.
(Veja a cobertura da crise envolvendo Renan Calheiros)