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Advogado admite ter recebido R$ 5 milhões da Gtech
Do Diário OnLine
Com Agência Senado
01/12/2005 | 13:46
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O advogado Valter Santos Neto, sócio da MM Consultoria Jurídica, confirmou nesta quinta-feira, em seu depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, que recebeu da multinacional Gtech, entre 2002 e 2003, R$ 5 milhões referentes aos seus honorários pela suspensão de liminares judiciais concedidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Segundo o advogado, em nenhum momento a Gtech quis evitar participar de uma licitação para conseguir um contrato com a CEF (Caixa Econômica Federal), observando ainda que sua atuação como advogado nessa questão foi no sentido de suspender liminares que impediam a Gtech de participar das licitações promovidas pelo banco estatal.

A MM Consultoria é acusada de intermediar propina paga pela multinacional Gtech para que a renovação de contrato no valor de R$ 650 milhões — destinado à operacionalização de toda a rede lotérica do país, incluindo o processamento da apuração dos ganhadores, rateio e repasse de prêmios — entre a empresa e a Caixa Econômica Federal fosse assinado.

Valter Santos Neto contou, em seu primeiro depoimento, que gastou o dinheiro com lazer, bebidas, farra e mulheres. Admitiu que tem compulsão por gastar dinheiro, atribuindo esse problema a uma "deformação" de sua personalidade.

O advogado disse que quando recebeu a segunda parcela de honorários pelos seus serviços, deu R$ 767 mil a Hélcio Barbosa Cambraia Júnior, advogado ligado ao caso da multinacional Gtech, e, posteriormente, repassou a Cambraia outros R$ 200 mil.

Cambraia, que já depôs na CPI, negou ter recebido grandes somas da MM consultoria e, ao responder a perguntas do relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que recebeu R$ 59 mil por trabalhos prestados como advogado.




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