Após concluir o inquérito sobre o escândalo da Loterj (Loteria Estadual do Rio de Janeiro), o delegado Milton Olivier, titular da Draco-IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), enviou-o ao Ministério Público ainda nesta quarta-feira. Vinte pessoas foram indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, corrupção ativa, corrupção passiva e contra a lei de licitações.

De acordo com o relatório anexado ao inquérito, entre os indiciados estão o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil e ex-presidente da Loterj Waldomiro Diniz, pelo crimes de peculato e corrupção passiva; o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira por corrupção passiva e contra lei de licitações; e o ex-deputado federal Carlos Alberto Rodrigues Pinto, o Bispo Rodrigues, que foi expulso do PL-RJ, também por peculato e corrupção passiva. Os três foram indiciados também pelo crime de formação de quadrilha.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o delegado pediu a prisão de alguns dos envolvidos. Os nomes não serão divulgados para evitar fuga dos acusados.

O relatório, de 98 páginas, foi entregue nesta tarde ao promotor Homero das Neves Freitas Filho, da 23ª Promotoria de Investigação Criminal. O promotor ainda não divulgou prazo para levar a denúncia à Justiça.