Esta é a segunda aula de um historiador e três jornalistas sobre o movimento sindical que colocou o Grande ABC, em definitivo, no mapa do Brasil
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O historiador John French pergunta. Os repórteres Fernando Ferreira, Helena Domingues e Solange Espírito Santo respondem. E a história do jornalismo do final do século XX vem à tona. Registrada. Cristalina.
São quatro aulas. A primeira foi divulgada aqui em Memória em dezembro. Na semana que vem, a terceira parte de um verdadeiro documento em forma de história oral. E verdadeira. Gravado na TV do Diário do Grande ABC.
Solange, Helena e Fernando, recuperando o que foi o movimento sindical das três décadas do século XX, focalizam o início do jornalismo moderno, o que nos leva a acreditar que estes depoimentos deveriam fazer parte das aulas de Comunicação nas nossas faculdades.
DENTRO DA FÁBRICA
O Robson Moreira era repórter do Estadão. Cobria as greves. Arranjou um macacão de uma montadora e entrou na fábrica. Passou o dia como peão. Viveu o outro lado ao conseguir ser repórter por dentro.
Solanginha
UM CALDEIRÃO
Não podemos esquecer os motoristas do jornal. Quem sabia as rotas de fuga eram eles. Vivemos momentos de tensão. O ABC se transformou num grande caldeirão. O Paço de São Berardo foi cercado pela PM. Os PMs perfilados com pedaços de pau, sarrafos. Do outro lado, os trabalhadores.
Fernando
PANCADARIA
Intervenção no Sindicato dos Metalúrgicos. Momento muito tenso. A PM chegando e nós correndo da polícia, que chegava batendo. No meio do caminho você via pessoas caindo, apanhando.
Helena
AMADURECIMENTO
A Imprensa do Grande ABC, como os sindicatos (dos trabalhadores e patronais), mais os empregadores, todos aprenderam, e muito, com o movimento iniciado com as greves da Scania e Fontoura em 1978.
As partes amadureceram, criaram estratégias, profissionalizaram-se também neste campo de relações trabalhistas.
Da parte da Imprensa, formaram-se gerações de grandes profissionais, em todas as áreas. E o jornalista do Grande ABC tem sabido cultivar essa história e procura não se dispersar.
Encontros são realizados. A preocupação de John French em valorizar a Imprensa do Grande ABC bate com o pensamento geral. A memória aí está, para ser construída e relatada às novas gerações.
MULHER PRESENTE
No encontro de jornalistas em 23 de novembro de 2024 em São Bernardo, destacamos uma pose apenas de mulheres. A maioria atuou no Diário do Grande ABC.
Nem todas num mesmo período. Mas uma amizade nasceu. Cada qual seguiu carreira, em outros veículos, em jornais, revistas, assessorias de comunicação. A união prossegue, firme e forte.
De ‘A’ a ‘T’:
Alzira Rodrigues
Cleide Silva
Delza Figueira, Denise Mirás
Elenice Vieira, Elianete Simões
Heleni Felippe
Lúcia Sauerbronn
Malu Marcoccia, Malu Marques, Margarete Acosta, Maria Helena Domingues, Marli Romanini, Matilde
Niceia Climaco de Freitas
Rosa Baptistella
Solange do Espírito Santo, Sonia Nabarrete
Teresa Racy
NO AR
As duas primeiras partes da mesa-redonda do historiador e jornalistas estão no site www.dgabc.com.br e demais plataformas do Diário.
“Memória” prepara a terceira parte, que podemos chamar de aula de jornalismo, alicerçada em imagens preservadas pelo Banco de Dados do Diário e em acervos como o de Fernando Ferreira.
Crédito da foto 1 – Lucas Dias Gonçalves (DGABC-TV)
Crédito da foto 2 – Helena Domingues (divulgação)
Crédito da foto 3 – Foto: Fernando Ferreira
Crédito da foto 4 – Acervo: Fernando Ferreira
Crédito da foto 5 = Acervo: Ricardo Hernandes
IMPRENSA E MEMÓRIA
1 – Em 1991, a greve dos ‘golas vermelhas’ da Ford. Os ferramenteiros pararam. Os outros setores não puderam trabalhar em função da cadeia produtiva. A Ford, por um erro de estratégia, não pagou o vale do dia 20. Cobri a greve dentro da fábrica parada (Solange)
2 – As jornalistas no encontro de novembro: imaginem quantas lembranças foram revividas
3 – No Paço de São Bernardo, frente a frente, PMs e grevistas
4 – A exposição sobre a greve de 1979 organizada pelo Diário: preocupação com a memória vinha de longe
5 – Ricardo Hernandes, citado nesta segunda parte da mesa-redonda realizada no DGABC-TV
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sexta-feira, 13 de janeiro de 1995 – Edição 8900
MANCHETE – Fórum pela Cidadania do Grande ABC quer revisão dos pedágios na Imigrantes.
Comissão iria falar com o governador Mario Covas.
Reportagem: Vera Magalhães.
BOXE – O ginásio do Parque Duque de Caxias se tornava o novo palco para os boxeadores da “Forja dos Campeões”
O diretor municipal de Esportes, José Roberto Simionato, anunciava acordo com a Federação Paulista de Pugilismo e a Confederação Brasileira para que as lutas passassem a ser realizadas em Santo André.
NOTA - O Torneio Forja dos Campeões é realizado desde 1941, sendo o maior evento de boxe amador do Brasil.
EM 13 DE JANEIRO DE...
1750 - Tratado de Madrid fixava limites entre os domínios de Portugal e Espanha na América.
1900 - Celebrados os dois primeiros casamentos do século em São Bernardo: Antonio Ragghiante e Armínia Armitta; Carlos Battistini e Rosa Spessotti.
1945 - Estrada de Ferro São Paulo Railway decidia eletrificar o trecho entre Santo André e Jundiaí.
Ler: Octaviano Gaiarsa, "A cidade que dormiu três séculos", 1968, página 156.
1970 - Ministro Costa Cavalcanti inaugurava o Conjunto Residencial Samuel Gompers, em São Bernardo.
NASCE UM ESTÁDIO
Em 13 de janeiro de 1955 era inaugurado, oficialmente, o Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano. Setenta anos de história hoje.
Extraoficialmente, o “Anacleto” teve o seu primeiro jogo em 2-1-1955. Naquele domingo, pelo Campeonato Paulista, o São Bento local venceu o XV-Piracicaba por 1 a 0, gol de Zé Carlos aos 30 minutos do primeiro tempo.
O jogo da festa, da inauguração oficial, foi marcado para 6 de janeiro. Jogariam São Bento e Corinthians Paulista. A chuva adiou o jogo para o dia 13, uma quinta-feira à tarde. E deu Corinthians: 3 a 2, “com numerosa assistência”, como escreveu o Estadão.
Na apresentação do jogo, o mesmo Estadão assinalou: “O estádio, que tem concluído somente uma parte de suas arquibancadas, quando pronto se situará entre as maiores praças esportivas do País”.
FICHA TÉCNICA
São Bento 2, Corinthians 3.
Data: 13 de janeiro de 1955
Gols: Nonô aos 2 minutos do primeiro tempo para o Corinthians, Nelsinho aos 4 para o São Bento; no segundo tempo, Nardo aos 17 e 18 para o Corinthians, Ruís aos 43 para o São Bento.
Árbitro: João Etzel.
Renda: Cr$ 152.705,00.
O Corinthians jogou completo no primeiro tempo, com o goleiro Gilmar, Homero na zaga, Claudio e Baltazar como destaques.
No São Bento, nomes como os de Lamparina, Rubens de Almeida, China, Bota e Dema.
MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Hoje é o aniversário de Almenara (MG), Caldas Brandão (PB), Sucupira do Norte (MA) e Tejuçuoca (CE).
HOJE
Dia do Leonismo Internacional. Marca o dia do nascimento de Melvin Jones, fundador do Lions Internacional. Americano, ele nasceu em 13-1-1879.
Santo Hilário de Poitiers
13 de janeiro
Era francês. Nascido no início do século 4. Bispo e doutor da Igreja. Escreveu livros sobre a santíssima Trindade.
Ilustração: blog Franciscanos (divulgação)
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