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Akira Auriani herda dívidas de R$ 65 mi de Penha Fumagalli

Prefeito de Rio Grande da Serra descreveu a situação como ‘crítica’ e destacou ações emergenciais de sua gestão para reorganizar a cidade

Natasha Werneck
09/01/2025 | 22:16
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FOTO: André Henriques/DGABC 16/12/2024


O prefeito de Rio Grande da Serra, Akira Auriani (PSB), iniciou seu mandato com o desafio de quitar as dívidas herdadas da gestão de Penha Fumagalli (PSD), que chegam a R$ 65 milhões, o que corresponde a 38,2% do orçamento municipal previsto para este ano, de R$ 170 milhões. O chefe do Paço rio-grandense descreveu a situação como “crítica” e destacou as ações emergenciais de sua gestão como necessárias para reorganizar a cidade.

“A gente pega a cidade hoje com um endividamento da Prefeitura em quase R$ 65 milhões, sendo que a gente tem uma previsão de arrecadar até R$ 170 milhões. Temos aí uma fatia significativa do orçamento comprometido com dívidas”, afirmou o prefeito, ao Diário.

Akira detalhou os esforços iniciais de sua administração, como o corte de cargos comissionados e a revisão de contratos. As medidas fazem parte de um plano de metas de 100 dias, o programa Recomeça Rio Grande, para estabilizar as finanças e atender as demandas mais urgentes da população. “Estamos revisando os processos da Prefeitura, cortando despesas e implementando ações básicas, como limpeza urbana e manutenção de unidades de Saúde, que foram deixadas em estado crítico.”

O prefeito definiu suas ações iniciais como um “choque de gestão” necessário para reorganizar os fluxos internos e melhorar a eficiência administrativa. Uma das principais iniciativas foi a criação da Secretaria de Gestão, Programas e Projetos, que substituiu as secretarias Executiva e de Relações Institucionais. Segundo Akira, o objetivo da nova Pasta é monitorar projetos, integrar áreas e buscar recursos estaduais e federais. “Perdemos muitos recursos na gestão passada por falta de organização e atraso nos prazos.”

A crise financeira impôs escolhas difíceis, como a exoneração de 60 dos 110 cargos comissionados, gerando uma economia de R$ 600 mil mensais. Além disso, gratificações de servidores foram reavaliadas. “Estamos priorizando cortes para que possamos trabalhar com um orçamento mínimo até que consigamos captar novos recursos”, explicou.

Auriani destacou o esforço para captar recursos junto a outras esferas de governo, como o apoio de deputados estaduais e federais, incluindo Ana Carolina Serra (Cidadania), que destinou R$ 6 milhões em emendas para o município, e Caio França (PSB), além de Alex Manente (Cidadania).

“Com planejamento, dedicação e apoio político, queremos mostrar que é possível cuidar da cidade, mesmo diante de dificuldades tão grandes”, afirmou o prefeito.

PRIORIDADES

O plano de ação de 100 dias inclui medidas para responder às necessidades mais imediatas da população: “limpeza urbana, uma demanda muito grande da cidade; organização da infraestrutura de Saúde, que inclui manutenção das unidades básicas, UPA (Unidade de Pronto Atendimento)”. “Hoje, boa parte delas têm infiltração durante as chuvas, problemas com telhado quebrado, infraestrutura defasada. Na Educação, que retorna às aulas, precisamos atentar à organização dos prédios, o trajeto dos alunos até essas escolas. Tem a questão da iluminação pública, que é um problema muito sério no município”, destacou Akira.




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