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Lançamento de guaraná no exterior nao preocupa Cade
Do Diário do Grande ABC
27/10/1999 | 17:42
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O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gesner Oliveira, disse nesta quarta-feira que o lançamento do guaraná Antarctica no mercado internacional, por meio de um acordo entre a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) e a Pepsi, nao provoca grande preocupaçao no órgao. "Em princípio, nao há problema e é até louvável o esforço de exportaçao", afirmou Oliveira.

A declaraçao foi dada durante audiência pública convocada pela Comissao de Defesa dos Direitos do Consumidor da Câmara na qual foi discutida a fusao entre as fabricantes de bebidas Brahma e Antarctica, que resultou na criaçao da AmBev.

Gesner Oliveira explicou que o acordo entre a AmBev e a Pepsi deverá ser analisado junto com a fusao entre a Antarctica e a Brahma. O contrato para comercializaçao do guaraná Antarctica no exterior depende da aprovaçao da criaçao da AmBev.

Nao há previsao de quando o Cade julgará a operaçao. A fusao entre a Antarctica e a Brahma foi anunciada no início de julho, mas até nesta quarta-feira a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, nao se manifestou sobre a operaçao. Depois da Seae, será a vez de a Secretaria de Direito Econômico (SDE) elaborar um parecer sobre a fusao entre as fabricantes de bebidas. O presidente do Cade disse que é possível que o processo chegue à SDE por volta do dia 10.

Somente após esses dois pareceres que os integrantes do Cade se reunirao para decidir se a operaçao é ou nao é prejudicial à concorrência no mercado de bebidas, especialmente de cervejas. O presidente do Cade lembrou que existem várias hipóteses de resultado para os julgamentos do Cade. O órgao pode aprovar totalmente uma operaçao, em parte ou rejeitá-la.

Um exemplo de aprovaçao parcial ocorreu no julgamento da compra da fabricante de cremes dentais Kolynos pela Colgate. Com o objetivo de diminuir os efeitos prejudiciais à concorrência decorrentes da operaçao, o Cade determinou que o uso da marca Kolynos fosse proibido por quatro anos.




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