A panamenha de 23 anos disse nesta terça-feira à imprensa que existe ``pressao, porque as pessoas esperam que eu seja igual ao meu pai. Mas sou diferente. Procuro ser eu mesma. Estou em pleno desenvolvimento, mas posso dizer que luto como meu pai'.

'Mao-de-pedra' Durán, 49 anos, campeao mundial em quatro categorias e que no dia 16 de junho enfrentará o norte-americano Pat Lawlor em seu 33º ano como profissional, admitiu que em princípio teve dúvidas. ``Parece-me que quer ser pugilista, sem levar em conta como isso é difícil', comentou.

Irichelle respondeu: ``É duro para um pai admitir isso, ele especialmente, porque sabe que é um esporte muito rude. Mas acho que com o tempo terminará aceitando'.

``Gosto do boxe desde que era menina e sempre estive envolvida na atividade. Alguns nao admitem o boxe de mulheres e assim tive de esperar um bom momento para começar. E este é o bom momento', acentuou.

A peso galo Irichelle é a última filha a seguir os passos de seus pais campeoes mundiais.

Muhammad Ali, Joe Frazier, George Foreman e Ingemar Johansson já passaram por essa experiência e reagiram com diferentes graus de preocupaçao ante os anúncios de suas filhas de que subiriam aos ringues como profissionais.

Para Durán será um golpe duplo, já que seu filho mais velho Roberto também subirá pela primeira vez num ringue, na Africa do Sul, em 24 de junho, para uma luta que a Comissao de Boxe do Panamá se nega a reconhecer, porque Durán filho nao tem nenhuma experiência como pugilista, nem profissional nem amadora.