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Equador ainda não permitiu viagem de presidente deposto
Do Diário OnLine
Com AFP
21/04/2005 | 23:51
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O novo governo do Equador ainda não concedeu um salvo-conduto para que o presidente deposto Lucio Gutiérrez saia do país. O avião que vai levar Gutiérrez, sua mulher e suas duas filhas ao Brasil está no Acre, esperando a permissão equatoriana para resgatar o ex-presidente.

Na quarta-feira, quando Gutiérrez foi derrubado pelo Parlamento, a procuradora interina do Equador, Cecilia Armas, pediu à polícia a detenção do ex-presidente pelo crime de mandar a força pública reprimir protestos populares. "Em conseqüência disso, há mortos e algumas dezenas de feridos", justificou a procuradora.

Apesar da demora do governo em liberar o exílio para Gutiérrez, o ministro do Interior do Equador, Mauricio Gándara, admitiu que o país não pode negar um salvo-conduto. Ele destacou que se o Brasil pediu um salvo-conduto para o presidente deposto, "não há como negar". O ex-presidente está refugiado na embaixada brasileira em Quito.

Já o embaixador do Brasil em Quito, Sérgio Florêncio, foi à chancelaria equatoriana nesta quinta-feira. "Nós estamos em conversações, embaixada do Brasil e governo do Equador, para encontrar uma solução que seja mutuamente satisfatória", explicou.

O Brasil espera que o governo do Equador emita o salvo-conduto com garantias plenas de segurança antes de enviar o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) a Quito. "Apenas depois que se garantir que Gutiérrez pode sair com segurança e que um avião nosso receba autorização de aterrissagem, poderemos ter uma noção certa de quando ele poderá viajar para o Brasil", disse uma fonte do Itamaraty que não quis ser identificada.

"O senhor Gutiérrez chegará acompanhado, porque o asilo é para ele e sua família", ressaltou, negando a possibilidade de que desembarquem no Brasil outros funcionários da equipe do presidente deposto.




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