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Nem sei ainda quem é meu adversário, diz Reali
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/06/2012 | 07:14
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Celso Luiz/DGABC


O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), desdenhou do fato de os pré-candidatos ao Parque do Paço pela oposição, o ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB) e o vereador Lauro Michels (PV), não terem conseguido aval jurídico ou partidário para tentar desbancá-lo na busca pela reeleição.

Questionado se está incomodado com o fato de o vice-prefeito Gilson Menezes (PSB) ainda não ter segurança jurídica para brigar pela renovação do mandato, Reali decidiu mirar a situação nebulosa no grupo oposicionista. "Eu estou tranquilo (sobre Gilson) porque ainda não sei quem é o meu adversário. Sei que serei candidato e vou brigar para o Gilson ser o meu vice. Agora, ainda não sei quem é o meu adversário", satirizou o prefeito.

O cenário mais complicado é o de José Augusto. O eterno rival do PT na cidade e ex-prefeito corre contra o tempo para conquistar um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra uma condenação no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e se livrar da Lei da Ficha Limpa. O tucano foi condenado por improbidade administrativa devido a um concurso público aberto em 1992, durante sua única gestão em Diadema, para contratação de médicos.

Formado em medicina, José Augusto prestou a seleção e foi aprovado, assim como sua mulher, a ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB). O caso foi levado ao Ministério Público, mesmo com os dois tucanos entregando os cargos.

Já Michels segue peregrinação para ser homologado como candidato do PV à Prefeitura. A deputada estadual Regina Gonçalves (PV) tem sido pressionada pelo PSDB paulista para ela sair como candidata e, assim, ter apoio incondicional de José Augusto se não houver aval jurídico a favor do tucano.

Regina garante que não quer encabeçar a chapa verde, mesmo com pedidos feitos por interlocutores do governador Geraldo Alckmin (PSDB). E, para dar fim às especulações no meio político de Diadema, marcou a convenção do PV para o dia 29, um dia antes de partidos de peso, como PT e PSB.

 

GILSON

Internamente, o PT definiu a última semana antes da convenção como prazo para o recurso apresentado no STF (Supremo Tribunal Federal) para tirar Gilson do enquadramento da Lei da Ficha Limpa. Se o socialista não puder concorrer, os vereadores Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e José Antônio da Silva (PT) são os mais cotados para a dobrada com Reali.

Gilson foi condenado pelo TJ-SP por deixar dívidas em seu último ano de mandato, em 2000, para seu sucessor, o hoje deputado federal José de Filippi Júnior (PT). O socialista não conseguiu assegurar recursos para cobertura dos passivos e foi enquadrado na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Colaborou Rogério Santos




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