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Walter Gallo (Ribeirão Pires, 19-12-1926 – 14-11-2024)

Foram várias as manifestações desde a última quinta-feira: chegou o dia, perdemos Walter Gallo. Faleceu de madrugada. Corpo no IML. Deve chegar somente amanhã

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
19/11/2024 | 08:00
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Adalberto Almeida, Ademar Bertoldo, Antonio de Andrade, João de Deus Martinez. Pedro Manoel Cordeiro sintetizou a triste notícia: “Ribeirão Pires perde o museólogo Walter Gallo na altura dos 99 anos, que completaria em 19 de dezembro”.

A Memória do Grande ABC, enlutada, lamenta e chora a partida do moço dos olhos azuis cuja obra memorialística maior foi ter formado o mais belo museu do rádio que se tem notícia: “Não conheço outro igual no Brasil”, comenta o professor Antonio de Andrade.

MUSEU ÚNICO

Profissionalmente, Walter Gallo fez carreira na Previdência Social. Atuou muitos anos em Santo André. Foi colega de repartição de Paulo Chaves, expoente das artes plásticas brasileiras. E desde a juventude se dedicou à memória, colecionando discos e formando um museu voltado ao rádio, TV e outros meios de comunicação.

O museu do Sr. Walter é único. Aos 96 anos mantinha disposição para consertar, restaurar aparelhos de som e relógios e receber amigos.

Residia praticamente às margens de um dos braços da represa Billings, na Vila Zampol. Em seu museu, generoso, distribuía simpatia e contava como foi que conseguiu aquele microfone de rádio, ou aquele gramofone, e tantos discos, CDs, DVDs, livros, aquele relógio inglês, máquinas fotográficas, aquela rádio-vitrola, tantos aparelhos de comunicação.

ADEUS

E ele, Walter Gallo, descendente de uma família de imigrantes italianos que fundou o Núcleo Colonial de Ribeirão Pires em 1888, era a alma do seu museu. E agora, como será?

Crédito da foto 1 – Acervo: Pedro Cordeiro

PARA SEMPRE. Walter Gallo na charge do amigo Odayr Miguel de Lima: a memória de Ribeirão Pires fica mais pobre sem a presença do Sr. Walter e a missão dos memorialistas da cidade será a de preservar o museu que seu filho criou

Glória Apparecida Shimabuco

(Guaxupé, MG, 9-1-1937 – Santo André, 17-10-2023)

Vestida a rigor, de toga, muito séria e compenetrada, professora Glorinha era sempre vista nas manifestações públicas do professorado exibindo um cartaz, escuro como a sua roupa, com as inscrições: “A vida do professor é um quadro negro”.

Era seu jeito de protestar e engrossar fileiras em defesa da profissão que tanto amava. 

Foi assim que professora Glorinha saiu em todos os jornais, em 2003, protestando contra a reforma da Previdência numa passeata dos professores em São Paulo. Era assim que, silenciosamente, protestava pelas ruas do Grande ABC

De repente, cadê professora Glorinha? 

Chega a notícia: filha de Antonio Bertoni e de Olinda Ferreira Bertoni, ela parte aos 86 anos. Deixa os filhos José Junior, Saria e Luciana. E deixa muitas saudades. Foi sepultada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santo André.

NOTA DA MEMÓRIA – Este texto “Memória” publicou na edição de 21 de outubro de 2023. Agora vem a boa notícia: Professora Glorinha está perpetuada em entrevista concedida à Memória em 2006 e recuperada pelo jornalista Júlio Bastos, na íntegra. Memória viva.

NO AR – Em entrevista à TV do Diário, Júlio Bastos focaliza a entrevista que professora Glorinha concedeu o Projeto Memória da TVT.

AMANHÃ EM MEMÓRIA – O canto de Jerry Adriani, o menino da Vila Prosperidade. 

Crédito da foto 2 – Reprodução: Paulo César Nunes

PROFESSORA GLORINHA. Sempre defendemos a escola pública de qualidade, o salário e, agora, a saúde do professor (13-10-2005)

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Sábado, 19 de novembro de 1994 – Edição 8862

MANCHETE – IPTU de São Caetano sobe 60%.

SANTO ANDRÉ – O prefeito Newton Brandão encaminhava à Câmara Municipal projeto do Plano Diretor. Entre as propostas, a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento.

RIBEIRÃO PIRES – Governador eleito Mário Covas não aparecia há dois anos ao sítio Santa Helena, de sua propriedade, no Distrito de Ouro Fino.

EDITORIAL – Austeridade & privatização. 

O presidente eleito FHC precisa esclarecer as medidas que adotará para aliar o combate à inflação ao desenvolvimento.

EM 19 DE NOVEMBRO DE...

1904 – Da Agência Havas: Paris, 17 – A Câmara suprimiu, por 328 contra 217 votos, o crédito destinado à censura dramática.

Milão, 17 – O anarquista que agrediu o tenente Savelli, à saída do Scala do Milão, foi condenado a sete anos de prisão.

Em São Paulo, fundou-se o Sport Club da Peteca da Lapa.

1919 - Precisamente às 14h, nos salões do consulado dos Estados Unidos do Brasil, era fundada a Companhia Rhodia Brasileira.

1939 - Inaugurado o Autódromo de Interlagos, vizinho ao bairro Eldorado, em Diadema.

1949 - Arlindo Fazolim nasce em São Paulo. Futebolista revelado no Infantil do Saad, de São Caetano. Fez sucesso como atacante.

1969 – Pelé marcava o milésimo gol no Maracanã frente ao Vasco da Gama do goleiro argentino Andrada.

No Aramaçan, Zaluar contava como foi o gol que sofreu de Pelé em 1956, em Santo André, o primeiro marcado pelo Rei como profissional.

A lei federal nº 14.909, deste ano, tornou o 19 de novembro o Dia do Rei Pelé.

O homem pisava no solo da Lua pela segunda vez.

Tecidos Zogbi inauguravam sua terceira loja, em São Caetano.

2023 – Há um ano, “Memória” noticiava a reunião que tivemos com alunos da EMEB Mário de Andrade, em São Bernardo, e que chamamos de “nossos novos colaboradores”. 

Esperamos que cada aluno tenha conversado com os avós a respeito da memória familiar.

HOJE

Dia da Bandeira Nacional, criada em 1889.

Dia do Cordelista, o que faz literatura do cordel - Dia da Prevenção à Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes

Dia Internacional do Homem

Dia Mundial do Xadrez

Dia Nacional de Mônaco

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de Santo Anastácio e Itaóca. 

No Paraná, Cafeara, General Carneiro, Itaúna do Sul, Ivaiporã, Paiçandu e Rancho Alegre.

E mais: Ibateguara (AL), Iporá (GO), João Câmara (RN), Pio XII (MA), Porto de Moz (PA) e Redut (MG).

Santos Roque González, Afonso Rodrigues e João de Castilho

19 de novembro

Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores do Sul do Brasil. Viveram entre os séculos 16 e 17. Jesuítas. Martirizados por índios no Rio Grande do Sul no ano 1628. À época, o território em que morreram pertencia à Coroa espanhola.

Ilustração: Missionários Servos dos Pobres




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