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Coligação que apoiou Atila entra com processo por suposta compra de votos

Vereador eleito, Denis Caporal nega irregularidades e diz que votos são decorrentes do trabalho que faz em prol da região

Angelica Richter
04/11/2024 | 18:57
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FOTO: Divulgação


A Coligação de Volta pro Povo, que apoiou o ex-prefeiturável derrotado de Mauá, Atila Jacomussi (União Brasil), entrou com processo contra o vereador eleito Denis Caporal (Podemos) por suposta compra de votos e boca de urna nas eleições deste ano. O podemista nega irregularidades e afirmou ao Diário que já apresentou defesa. 

Segundo o advogado da coligação, Rodrigo Kawamura, foram feitas diversas denúncias de possível compra de votos no primeiro turno, mas a contra Caporal é mais consistente, por ter vídeo que comprova o suposto crime eleitoral. Consta no processo que as imagens mostram o vereador eleito, no dia 6 de outubro (primeiro turno), por volta das 8h06, em frente à Escola Estadual Odila Bento Mirarchi, na Vila Nossa Senhora das Vitórias, supostamente oferecendo vantagens econômicas em troca de voto. 

“A filmagem mostra ele interagindo com as pessoas, entregando algo (a elas). No mínimo é boca de urna, com indícios de compra de votos. O Caporal teve 507 votos na escola onde foi filmado, bem acima de outras quando se faz a comparação”, pontuou Kawamura. 

Segundo a ação, para efeito de comparação na Escola Estadual Visconde de Mauá, colégio eleitoral mais próximo daquele onde foi verificada a suposta captação ilícita de votos, o podemista obteve apenas 40 votos.

Caporal afirmou que o processo o pegou de surpresa e que o vídeo apresentado como prova não está relacionado à compra de votos. “Em nenhum momento fiz o que é mencionado no processo. Tenho muitos votos naquela região, mas são decorrentes do trabalho que executo, de busca constante de melhorias para o bairro.  Aqui na região minha votação já foi alta em 2020 (1.529 votos). De 2016 para 2020 minha votação dobrou nessa escola”, afirmou o vereador eleito, que é suplente na atual legislatura. 

Rodrigo Kawamura afirmou ao Diário que há denúncias de mais casos semelhantes, que estão na fase de obtenção de provas. Inclusive, o advogado não descarta processo contra a chapa majoritária. O prefeito Marcelo Oliveira (PT) foi reeleito com 54,05% dos votos válidos, contra 45,95% de Atila Jacomussi.

“Estamos com muitas provas espalhadas e estamos vendo a possibilidade de oitiva de testemunhas. Inclusive, foi instaurado procedimento junto à Polícia Federal para que eventuais testemunhas sejam protegidas (pela Justiça). Após essa fase (de junta das provas) pretendemos entrar com único processo contra todos os candidatos e, possivelmente, até contra a chapa majoritária”, afirmou o advogado.




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