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Ex-tesoureiro do PPS reitera em CPI acusações contra o PT
Da Agência Brasil
07/03/2006 | 22:17
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O ex-tesoureiro do PPS paulista, Evaldo Rui Vicentini, em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, reiterou nesta terça-feira as acusações já feitas à imprensa em junho contra o Partido dos Trabalhadores.

Segundo ele, o PT estaria envolvido com o crime organizado. Na época em que era tesoureiro do PPS, disse Vicentini, chegou a receber uma oferta em dinheiro de representantes do partido para que o PPS apoiasse a reeleição da ex-prefeita Marta Suplicy contra o tucano José Serra. "Naquela época, a Marta Suplicy estava com dificuldades de compor sua base na Câmara Legislativa", justificou.

Vicentini, entretanto, não apresentou provas concretas durante o depoimento e, por isso, foi desqualificado por diversos integrantes da CPI. O senador Tião Viana (PT-AC) fez críticas à CPI por ter aprovado a convocação de Vicentini, já que, segundo Viana, Vicentini está sendo acusado de uso de documento falso e condenado por estelionato, entre outros crimes.

"Não acredito em uma palavra do que o senhor está dizendo", disse o senador petista ao depoente. "O senhor está sendo acusado de diversos crimes e não deve acusar sem provas".

Na época em que Vicentini fez as acusações, a página do PT na internet publicou declarações de diversos petistas desmentindo o ex-tesoureiro do PSS paulista. Marta Suplicy teria dito na ocasião que seria uma "tentativa de linchamento do PT". O presidente do PT em São Paulo, Paulo Frateschi, e o ex-secretário municipal Rui Falcão também rebateram a denúncia.

Na avaliação do senador Efraim Moraes, o depoimento de hoje foi um dos poucos que não foram proveitosos desde que a CPI foi instalada, no ano passado. "Creio que poderíamos ter aproveitado bem melhor o nosso tempo no dia de hoje. No meu entender, as acusações do depoente faltaram provas e argumentos. Não satisfez a CPI", disse.

O segundo depoimento marcado para hoje na CPI dos Bingos, o de Francisco das Chagas Costa, motorista que atendia em Brasília ex-assessores do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, na época em que era prefeito, foi adiado para quarta-feira.




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