Banco Central apura suposta lavagem de dinheiro da empresa para a organização criminosa
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O BC (Banco Central) abriu investigação contra o Banco Luso Brasileiro por suposta lavagem de dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi divulgada pelo portal UOL na manhã de ontem.
De acordo com investigação do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), o Banco Luso depositou, em 2015, mais de R$ 20 milhões na conta de uma holding chamada MJS, cujos sócios eram Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e dirigentes da Transwolff, empresa de ônibus acusada de lavar dinheiro para o PCC.
Ainda em 2015, a MJS foi incorporada à Transwolff para alavancar o capital da empresa de ônibus e participar de uma licitação da Prefeitura de São Paulo. De acordo com informações do Ministério Público, o capital da TW saltou de R$ 1 milhão para R$ 55 milhões naquele ano, o que possibilitou-a de participar da licitação da Prefeitura, à época comandada por Fernando Haddad. O edital exigia que os concorrentes tivessem capital social de, no mínimo, R$ 25 milhões.
Operação deflagrada em abril pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) denunciou dez pessoas ligadas à TW por organização criminosa, extorsão, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.
Os valores associados à empresa teriam sido obtidos por “depósitos em dinheiro e fracionados”, sem origem demonstrada, segundo a denúncia.
A MJS Participações Ltda. seria efetivamente incorporada à TW em dezembro de 2019. Durante a sua existência, a holding “não desempenhou nenhuma atividade operacional, não teve funcionários, não adquiriu nem alienou nenhum bem imóvel e não possuiu ônibus”, de acordo com o MPSP.
O banco Luso Brasileiro afirmou ao UOL que não tem acesso às investigações e que teve conhecimento apenas pela imprensa.
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