Uma onda de frio ártico alcançou nesta quinta-feira os países da União Européia e prejudicou seriamente cotidiano dos três países bálticos, Letônia, Lituânia e Estônia, onde as temperaturas chegaram a menos 30 graus centígrados.

O setor de transportes foi um dos mais afetados nos três países. Em Liepaja, na região oeste da Letônia, por exemplo, muitos ônibus públicos não puderam sair da garagem porque o combustível congelou nos motores.

Em Vilna, capital da Lituânia, vários cabos da rede urbana de rodovias se romperam por causa do frio glacial.

Na Letônia, onde as temperaturas ficaram abaixo dos 30 graus negativos nas regiões norte e leste do país, várias escolas abriram as portas mas permaneceram desertas, por falta de estudantes.

Uma lei do país estipula que as crianças menores de 12 anos podem faltar ao colégio se a temperatura exterior estiver abaixo de menos 20 graus.

As autoridades da Estônia começaram a distribuir comida e material de abrigo aos sem-teto, que foram autorizados a dormir nas estações de metrô. Os abrigos permaneceram abertos durante o dia, e não apenas à noite, como é habitual.

Os serviços meteorológicos dos três países bálticos prevêem que a onda de frio intenso deve durar vários dias.

As temperaturas glaciais também afetaram a Polônia. A capital Varsóvia registrou nesta quinta-feira "apenas" nove graus negativos, mas o serviço meteorológico nacional prevê uma queda para a sexta-feira, a menos 14 graus. No início da próxima semana, o país deve registrar temperaturas abaixo de 20 graus negativos.

A polícia polonesa informou que 19 pessoas morreram de frio nos últimos nove dias. Segundo dados policiais, desde o início do inverno, 122 pessoas morreram de frio na Polônia, incluindo 52 mendigos que faleceram por terem dormido em plena rua quando estavam bêbados.