Valor equivale a 52% dos R$ 38 milhões que as candidaturas já receberam até a manhã de ontem
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Um mês depois do início do período eleitoral e a três semanas do primeiro turno, os candidatos a prefeito nas sete cidades do Grande ABC já gastaram R$ 19,6 milhões com despesas de campanha, de um total de R$ 108,8 milhões que estão autorizados a desembolsar na primeira etapa do pleito deste ano. É o que mostram os dados do DivulgaCand, sistema de divulgação de candidaturas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), compilados pelo Diário na tarde de ontem.
Ainda segundo o sistema do TSE, os 33 prefeituráveis da região já receberam quase R$ 38 milhões em receitas, o que equivale a 34,9% do teto de gastos estabelecido pelo TSE para as sete cidades no 1º turno. Do montante arrecado, 96,2%, ou R$ 36,5 milhões, vieram do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha). Aprovado pelo Congresso no fim do ano passado no bojo da LOA (Lei Orçamentária Anual), o chamado Fundão destinou R$ 4,9 bilhões ao custeio das campanhas em todo País.
Dos 33 prefeituráveis, cinco ainda não haviam publicado informações sobre receitas e despesas no DivulgaCand. Partidos e candidatos tinham até sexta-feira para enviar as prestações de contas parciais de suas campanhas à Justiça, incluindo todas as movimentações realizadas desde o começo do período eleitoral até 8 de setembro. Não enviá-las caracteriza infração grave, que será considerada no julgamento da prestação de contas final.
Segundo o DivulgaCand, Marcelo Lima, candidato do Podemos à Prefeitura de São Bernardo, é o prefeiturável do Grande ABC que mais recursos auferiu até ontem, quase R$ 7,7 milhões – valor acima, inclusive, do teto de gastos estabelecido pelo TSE para a cidade (R$ 6,8 milhões). Na sequência aparece Flávia Morando (União Brasil), adversária do podemista na disputa pelo Paço são-bernardense, com R$ 5,7 milhões recebidos; Eduardo Leite (PSB), postulante ao Executivo andreense, com pouco mais de R$ 3 milhões, e Luiz Fernando (PT), adversário de Marcelo Lima e Flávia, com R$ 2,7 milhões.
Pelo lado dos gastos, o prefeito de Diadema e postulante à reeleição, José de Filippi Júnior (PT), é o prefeiturável que mais registrava despesas contratadas até ontem (R$ 3 milhões) - valor 68,5% acima da receita informada (R$ 1,8 milhão) e R$ 1 abaixo do teto de gastos do município. Em situação parecida estava Zé Lourencini, candidato do PSDB à Prefeitura de Mauá, que contratou R$ 63 mil em gastos, mas só recebeu R$ 218 mil.
Filippi é dono do gasto mais alto em um único serviço: os R$ 800 mil desembolsados 2na produção de jingles e slogans de campanha.
Ainda segundo o DivulgaCand, a produção de materiais impressos para divulgação dos candidatos responde pela maior fatia dos gastos de campanha no Grande ABC até o momento, com R$ 2,9 milhões. Na sequência aparece a rubrica Doações financeiras a outros candidatos, com R$ 2,4 milhões.
A lista dos gastos de campanha na região segue com despesa com impulsionamento de conteúdo (R$ 1,7 milhão), gastos com pessoal (R$ 1,4 milhão), mobilização de rua (R$ 748 mil), criação de inclusão de sites (R$ 689 mil), serviços prestados a terceiros (R$ 685 mil), produção de adesivos (R$ 459 mil) e locação de imóveis (R$ 422 mil).
A prestação de contas final relativa ao 1º turno deve ser entregue por candidatos e partidos até 5 de novembro. Candidaturas e agremiações que disputarem o 2º turno devem apresentar a movimentação financeira total, referente aos dois turnos, até 16 de novembro.
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