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Deputada do PT compara caso de José Dirceu com Escola Base
Da Agência Brasil
27/10/2005 | 17:29
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Ângela Guadagnin (PT-SP), única deputada a votar contra o parecer do Conselho de Ética da Câmara que pede a cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), comparou o caso ao da Escola Base – em que diretores de uma escola foram denunciados como autores de abuso sexual de crianças. Após as investigações, os suspeitos foram absolvidos. Este ano, diversas empresas de comunicação foram condenadas a pagar indenização aos suspeitos.

Em seu voto em separado, apresentado nesta quinta-feira, Ângela apontou dados que iriam contra o relatório de Júlio Delgado (PSB-MG). Apresentou mensagem da diretoria da Petros – fundo de pensão dos funcionários da Petrobras – que confirma trabalhar com o Banco Rural desde 1995. "Em percentuais muito superiores aos dos últimos dois anos", afirma a mensagem. Segundo o relatório de Delgado, as operações do Rural com a Petros seriam uma forma, orquestrada pelo então ministro-chefe da Casa Civil, de compensar os empréstimos feitos pelo banco ao PT.

Quanto ao banco BMG, Ângela lembrou que uma medida provisória de setembro de 2003 determina que os empréstimos consignados sejam feitos nos bancos em que os funcionários recebem salário. Segundo a deputada, a medida terminou com as operações de crédito consignado do BMG, já que ele não tinha nenhum convênio para pagamento de salário. Também segundo o relatório, os empréstimos consignados feitos pelo BMG seriam uma forma, articulada pelo então ministro, de compensar os empréstimos ao PT.

Ângela acredita que o resultado do Conselho de Ética não deve se repetir no plenário da Câmara. "Aqui o voto era aberto. Cada deputado votou naquilo que a opinião pública e a imprensa esperavam que eles fizessem para não serem massacrados", defendeu. Lá no plenário, o voto é secreto e cada um vota de acordo com sua compreensão".

Ângela Guadagnin acredita que devem acontecer diversas manifestações de deputados, da sociedade civil e até dos funcionários da Câmara e isso pode contribuir para que Dirceu não seja cassado. A sessão para votar o pedido de cassação do deputado e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, deve acontecer no próximo dia 9 de novembro.




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