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Série de atividades homenageiam Marcello Grassmann
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
12/04/2006 | 14:46
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Uma série de atividades está prevista na agenda cultural paulistana para homenagear o desenhista e gravador Marcello Grassmann, que completa 80 anos de idade e 60 de carreira. O Instituto Moreira Salles de São Paulo (r. Piauí, 844) abre hoje para convidados, das 19h às 22h, uma exposição de 50 desenhos produzidos pelo artista desde a década de 80. Batizada de Marcello Grassmann – Desenhos, a mostra poderá ser conferida pelo público a partir desta quinta-feira ficará em cartaz até 25 de junho.

O evento, que tem entrada franca, será promovido, posteriormente, nos centros culturais do instituto no Rio de Janeiro e em Minas Gerais – na capital, Belo Horizonte, e na cidade de Poços de Caldas. A curadoria é do superintendente executivo do instituto, Antonio Fernando De Francheschi. Também a partir de amanhã, e até 27 de junho, haverá exibição de uma seleção de 20 gravuras, na Galeria Instituto Moreira Salles do Unibanco Arteplex (r. Frei Caneca, 569, 3º piso),

que seguirá para as demais galerias da instituição no Rio, Porto Alegre e Curitiba. No próximo dia 18, a galeria Gravura Brasileira (tel.: 3097-0301), em São Paulo, exibirá conjunto de desenhos inéditos de Grassmann da década de 50, feitos em tinta tipográfica diluída com terebentina, e xilogravuras dos anos 40 e 50, em impressões originais e reimpressões de 2006 do artista Francisco Maringelli.

Todos os trabalhos são muito representativos do estilo do homenageado, marcado pela representação soturna da existência. “Ao mesmo tempo que tem alguma coisa de sombrio e demoníaco, tem de heróico e medieval”, explica o curador da exposição na galeria Gravura Brasileira, Eduardo Besen. Ainda segundo ele, as criações do início da carreira de Grassmann têm essas características bastante acentuadas.

Entre as diversas participações de Grassmann em mostras coletivas, os destaques são a Bienal de Veneza, e a de São Paulo. Nesta última, esteve presente desde a primeira edição, no início da década de 50. Suas exposições individuais já foram promovidas em cidades como Washington, Viena, Milão, Roma, Paris, Barcelona, Cidade do México, só para ficar em alguns exemplos. Sobre suas produções, ele diz que não apresentam muitas mudanças conceituais e, basicamente, são concebidas com os mesmos elementos fantásticos. Para o artista, a técnica cumpre o papel de delimitar as variações. “Meu trabalho sempre variou em torno de figuras humanas e animais. As imagens são muito parecidas. Vario a temática com soluções de materiais e com o desenho nas páginas”, explica.



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