No primeiro semestre, 286 artefatos foram retirados de circulação; ações buscam combater crimes violentos e atuação de organizações criminosas
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Por dia, quase duas armas de fogo são apreendidas no Grande ABC. Isso significa que, por mês, cerca de 47 artefatos foram retirados de circulação pelas forças de segurança, segundo dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). No primeiro semestre do ano, foram realizadas 286 apreensões. O número é 15% superior na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram recolhidas 247 armas.
Santo André, com 76 apreensões, e São Bernardo, com 73, foram os municípios com maior número de artefatos retidos nas vias entre os meses de janeiro e junho. Em relação aos demais anos, o número de armas de fogo apreendidas em 2024 é o maior desde 2019, quando foram recolhidas 299. (Veja dados na tabela acima).
Os artefatos são apreendidas em diversas situações, como abordagens policiais, cumprimento de mandados de busca e apreensão, prisões em flagrante, operações específicas e em resposta a denúncias. As apreensões podem envolver tanto armas legais quanto ilegais.
“No caso dos artefatos ilegais, sempre que localizados pelas autoridades, são apreendidos. Já em relação às armas legais, a decisão de apreender dependerá da análise do contexto, que pode incluir registros irregulares, vencidos, uso em delitos ou posse por pessoas envolvidas com a criminalidade organizada”, explica a SSP.
A Pasta afirma que a retirada de armas de fogo da circulação pode ter impactos significativos na segurança pública, como a redução da capacidade letal, o que diminui a gravidade dos crimes violentos e ajuda na prevenção de crimes organizados. Além disso, a apreensão de armas contribui para a diminuição de crimes contra o patrimônio, como roubos.
Após a apreensão, a arma passa por um processo detalhado que inclui várias etapas e procedimentos legais. Isso pode envolver a análise de seu registro e documentação, perícia para avaliar seu estado de conservação e potencial lesivo, e verificar seu envolvimento em crimes. Decisão judicial determina o destino do artefato, que pode ser devolvido ao proprietário, destruído ou transferio a outra instituição.
No cenário nacional, 10.935 armas de fogo foram apreendidas em 2023, aumento de 28% em relação a 2022, quando o País registrou 8.466 casos. Em 2024, entre janeiro e abril, 2.405 artefatos acabaram retirados de circulação.
O Rio de Janeiro foi a unidade da Federação com mais armas apreendidas no ano passado, com 2.220. Na sequência aparecem Paraná (1.177), Amazonas (726) e Rio Grande do Sul (710), estados onde o número de armas apreendidas superou a casa das 700 unidades.
“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito e outros crimes violentos”, afirma o diretor de operações integradas e de inteligência da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), Rodney Silva.
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