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Aquém da meta, Brasil é ‘salvo’ por mulheres em Paris
Eduardo Vieira da Costa
11/08/2024 | 20:42
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Luiza Moraes/COB

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O objetivo inicial do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) era pelo menos igualar o recorde histórico de medalhas em uma edição dos Jogos Olímpicos. Em vez disso, o desempenho do País caiu em Paris-2024 em relação à Olimpíada anterior, com 20 medalhas no total e menos da metade dos ouros, três – em Tóquio, haviam sido 21 medalhas e sete ouros. Ainda assim, o comitê comemorou o que considerou “um resultado brilhante”, escorado principalmente no desempenho das mulheres.

Além dos três ouros, conquistados por Beatriz Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia), o Brasil teve sete medalhas de prata e dez de bronze. Com isso, a campanha ficou abaixo em campeões olímpicos também na comparação com Rio-2016 (sete ouros) e Atenas-2004 (cinco), além de ter empatado com Pequim-2008 e Atlanta-1996. No quadro de medalhas, o País fechou na 20ª posição.

Em Paris-2024, as mulheres foram maioria na delegação brasileira pela primeira vez em 104 anos de participação do País em olimpíadas. E essa maioria foi vista também nos pódios. “Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres”, afirmou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris-2024. “O que vimos aqui em Paris no esporte também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo”, completou.

A ginasta Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica da história do Brasil, com seis pódios no total, superando Torben Grael e Robert Scheidt, da vela. Em Paris, Rebeca ganhou ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes. Além disso, virou ícone mundial ao ser reverenciada pela estrela Simone Biles no pódio do solo.

“Detalhes fazem muita diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto ou um quinto lugar. Se algumas ondas, alguns ventos e algumas situações não tivessem acontecido, a gente teria ainda mais motivos para comemorar”, disse Ney Wilson, diretor de alto rendimento do COB.

Na cerimônia de encerramento do Jogos, realizada ontem no Stade de France, as campeãs do vôlei de praia, Ana Patrícia e Duda, foram as porta-bandeiras da delegação brasileira. 




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